Para evitar a propagação da pandemia do novo coronavírus, a medida mais efetiva é o isolamento social, já indicaram autoridades mundiais em saúde. Em MInas Gerais, 61% vêm cumprindo a quarentena, aponta pesquisa realizada pela Dotz, em parceria com o Instituto Locomotiva. Já 25% declararam estar seguindo parcialmente a orientação de permanecer em casa, enquanto 14% a ignoram.
O levantamento mostra também que 75% dos entrevistados acreditam na efeciência das medidas de distanciamento social. Entretanto, a pesquisa aponta que o isolamento social total é defendido por 65% dos entrevistados, enquanto 34% sugerem que apenas idosos e pessoas dos grupos de risco devem ficar em casa.
Apesar de a maioria reconhecer a importância do isolamento social, 77% concordam com o fechamento do comércio não essencial. Segundo a pesquisa, 58% que afirmam ter saído de casa responderam que foram fazer compras essenciais, enquanto 29% foram trabalhar.
No total, apenas 13% dos mineiros não saíram de casa nenhum dia na semana anterior à pesquisa, feita no começo de abril, enquanto 13% saíram todos os dias no período. Entre os entrevistados que foram às ruas, 59% ficaram no máximo duas horas, e 28% mais do que cinco horas.
Nesse contexto, 85% dos entrevistados acreditam que estão bem informados sobre as formas de prevenção do coronavírus. Dessa forma, a maioria diz estar lavando mais as mãos, evitando cumprimentos, não frequentando locais movimentados e fechados e mantido distância de ao menos 1,5 metro de outras pessoas.
Além disso, 77% dos mineiros dizem estar evitando totalmente eventos sociais. Apesar de o uso das máscaras ser obrigatório em algumas cidades mineiras, somente 19% dos entrevistados disseram que estão usando.
O grande cuidado para evitar ser contaminado com a COVID-19 mostra receio expressivo da população. A pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados (88%) está preocupada com a saúde de seus familiares. Saúde pessoal (69%) e a situação financeira (65%) seguem como outras preocupações. Dos entrevistados, apenas um terço se sente seguro com as ações do governo federal no combate ao vírus.
A preocupação se justifica: 51% dos mineiros declararam viver com alguém que faz parte do grupo de risco. Entre os que participaram da pesquisa, 5% afirmam que conhecem alguém que foi diagnosticado com o novo coronavírus.
A pesquisa
A Dotz, em parceria com o Instituto Locomotiva, realizou a pesquisa entre os dias 1º e 3 de abril. Segundo o vice-presidente da Dotz, Fábio Santoro, o principal objetivo “é apoiar as instituições de saúde e o poder público no entendimento de como está a reclusão social do brasileiro e do mineiro”.
“Sabemos que o isolamento social é um dos principais indicadores para achatar a curva da COVID-19 e esses dados auxiliam no dimensionamento das necessidade de triagens, leitos normais e leitos de UTI na região analisada”, afirma Santoro. Além disso, os resultados ajudam a empresa a conhecer os seus clientes e aajudá-los neste momento de crise.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Murta