Em meio às inúmeras tentativas de buscar medicamentos para combater a pandemia do novo coronavírus, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também entrou no “jogo” por meio de pesquisadores do Instituto de Ciências Exatas (ICEx).
A ideia é dos cientistas Marcos Augusto dos Santos e Carmelina Figueiredo Vieira Leite e já foi pedida como patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Diante da necessidade de uma solução rápida para o problema de saúde pública, eles querem reposicionar o medicamento tetraclorodecaoxido (TCDO).
O reposicionamento acontece quando um medicamento é usado para um objetivo, mas consegue se provar que o mesmo composto é útil para outra finalidade.
“Por exemplo, o viagra veio de uma droga que inicialmente agia em doenças cardíacas e foi reposicionado para disfunção erétil em função do efeito colateral observado”, explicou Marcos dos Santos à UFMG.
Comumente, o TCDO é usado no tratamento de úlceras em pés de pessoas portadores de diabetes. Contudo, os pesquisadores querem testar o medicamento como antiviral, o que o tornaria útil no combate à COVID-19.
A escolha dos pesquisadores da UFMG pelo TCDO partiu depois de análises in sílico: quando são feitos somente testes computacionais a partir de modelos matemáticos.
Nesse tipo de análise, os pesquisadores usaram conceitos de máquinas de busca, como o Google e o Yahoo, para chegar até o medicamento.
De acordo com o pesquisador Marcos dos Santos, o apelo agora é para conseguiu o TCDO. O medicamento precisa ser manipulado em laboratório para, depois, ser testado se serve ou não para tratar a COVID-19.