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Estado de Minas

Coronavírus: UFMG pede patente e aguarda recursos para testar medicamento para tratar pacientes

Ideia de pesquisadores do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) é reposicionar medicamento usado no tratamento de úlceras para o combate à COVID-19


postado em 15/04/2020 19:47 / atualizado em 22/04/2020 10:39

Pesquisadores do ICEx querem testar medicamento no combate à COVID-19(foto: Foca Lisboa/UFMG)
Pesquisadores do ICEx querem testar medicamento no combate à COVID-19 (foto: Foca Lisboa/UFMG)

 

Em meio às inúmeras tentativas de buscar medicamentos para combater a pandemia do novo coronavírus, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também entrou no “jogo” por meio de pesquisadores do Instituto de Ciências Exatas (ICEx).

 

A ideia é dos cientistas Marcos Augusto dos Santos e Carmelina Figueiredo Vieira Leite e já foi pedida como patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Diante da necessidade de uma solução rápida para o problema de saúde pública, eles querem reposicionar o medicamento tetraclorodecaoxido (TCDO).

 

O reposicionamento acontece quando um medicamento é usado para um objetivo, mas consegue se provar que o mesmo composto é útil para outra finalidade.

 

“Por exemplo, o viagra veio de uma droga que inicialmente agia em doenças cardíacas e foi reposicionado para disfunção erétil em função do efeito colateral observado”, explicou Marcos dos Santos à UFMG.

 

Comumente, o TCDO é usado no tratamento de úlceras em pés de pessoas portadores de diabetes. Contudo, os pesquisadores querem testar o medicamento como antiviral, o que o tornaria útil no combate à COVID-19.

 

A escolha dos pesquisadores da UFMG pelo TCDO partiu depois de análises in sílico: quando são feitos somente testes computacionais a partir de modelos matemáticos.

 

Nesse tipo de análise, os pesquisadores usaram conceitos de máquinas de busca, como o Google e o Yahoo, para chegar até o medicamento.

 

De acordo com o pesquisador Marcos dos Santos, o apelo agora é para conseguiu o TCDO. O medicamento precisa ser manipulado em laboratório para, depois, ser testado se serve ou não para tratar a COVID-19.


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