Estudantes de graduação em Medicina da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH), de Vespasiano, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, participaram de uma colação de grau remota na manhã desta quinta-feira. Os formandos são alunos do 12º período e se formariam normalmente em junho deste ano. A medida foi tomada devido à pandemia do novo coronavírus.
A colação virtual aconteceu depois de solicitação dos estudantes e participação da direção da FASEH. A antecipação da solenidade e a realização online está prevista em lei, por meio da Portaria do Ministério da Educação (MEC) de número 383, assinada na última quinta-feira.
“A colação de grau se ajusta à entrada do aluno na sala do Blackboard. Vai ter a entrada do aluno, eles tiveram o link, e isso significou a assinatura da ata. Antes disso, como sabíamos que o final de tudo isso seria uma colação antecipada, definimos que deveríamos fazer a declaração para o Conselho Regional de Medicina (CRM), o histórico escolar dos alunos e o diploma. Assinei todos os documentos da minha casa e devolvi à FASEH”, explicou o professor João Lúcio dos Santos Júnior, diretor-geral da faculdade.
A cerimônia se deu exatamente como uma convencional, porém remota, com todo protocolo de uma formatura. Já nesta sexta-feira, será montada uma espécie de drive-thru na própria faculdade para os formandos conseguirem o canudo e, assim, estarem aptos a fazer o registro profissional no CRM.
“Foi uma colação solene, com todo ritual da colação de grau. Com juramento, o grau deles foi colado como médicos, e na sexta o marketing vai fazer tipo um drive-thru: o aluno chega de carro, assina o livro de ata, para ficar algo registrado não somente a da entrada da sala mas sim a assinatura, e dessa forma entregamos toda documentação. Só não entregamos o diploma pois tem que ser registrado na UFMG. Entregamos histórico e declaração, e eles já podem ir ao CRM, e o CRM faz o registro deles”, completou o diretor.
Um dos formandos, Bernardo Morais comemorou a colação. Os estudantes ainda precisam de mais dois anos de experiência para uma formação com especialização em alguma área da medicina.
“Acredito que essa formatura antecipada não tenha grandes prejuízos a nossa formação profissional, uma vez que durantes os seis anos a faculdade nos deu substratos teóricos, práticos para nos atualizarmos e atuarmos em qualquer nível da atenção à saúde, seja da básica, pronto-atendimento ou nível hospitalar”, afirmou.