O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, anunciou nesta quinta-feira em coletiva de imprensa, que o pico da COVID-19 foi adiado para 27 de maio em Minas. A última previsão era de que a curva atingiria o maior número de casos entre 4 e 5 do próximo mês. A projeção também reduz o número de pessoas com coronavírus, que passou de 5.500 para 4.200 no ápice da propagação.
“Isso mostra de Minas Gerais está de parabéns. Os cidadãos estão conseguindo conservar o isolamento social e isso vai trazer um benefício para todo o estado”, comemora o secretário, que ainda afirmou que o estado está preparado para o pico.
“Isso mostra de Minas Gerais está de parabéns. Os cidadãos estão conseguindo conservar o isolamento social e isso vai trazer um benefício para todo o estado”, comemora o secretário, que ainda afirmou que o estado está preparado para o pico.
Carlos Eduardo ressaltou que a epidemia não tem dia para ir embora, por isso se faz necessária a conscientização da sociedade, para que possam ser pensadas medidas mais flexíveis. “Precisamos entender que essa epidemia ficará conosco durante um tempo. O cuidado só vem da conscientização, que é fundamental para manter os resultados que temos. Entender que a sociedade está cumprindo com aquilo que nós orientamos dá uma segurança para mudanças futuras”, afirmou.
O secretário disse ainda que quando Minas “voltar ao normal” será a distância. “Isso significa autocuidado, cuidar da população idosa ou portadores de outras doenças. É fundamental o distanciamento social, esse é o normal daqui pra frente”, afirmou, pedindo ainda que a população evite festas e outras aglomerações. “Isso não é adequado nesse momento. Vai trazer problemas para a sociedade num todo. Conto com todos vocês”, conclui.
Nesta quinta-feira, os casos em investigação ultrapassaram 70 mil no território mineiro, sobrecarregando a conclusão de testes em tempo hábil. Com isso, Carlos Amaral anunciou que a Secretaria de Estado de Saúde conseguiu confirmar o recrutamento de mais um laboratório para diagnóstico de coronavírus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) nesta semana.
Leitos
O secretário afirmou que desde janeiro a Secretaria faz o levantamento dos leitos no estado que prevê a área do dimensionamento e estruturação da rede de saúde. Na última semana se deu a segunda fase do plano de contingência ao COVID-19 que demanda que as macrorregiões detalhem quais hospitais serão destinados ao atendimento de suspeitos de coronavírus, direcionem o fluxo de pacientes e informe como cada um deles será acompanhado.
“Vamos descrever com muita clareza. Além disso temos programa de estruturação da rede, aquisição de ventilador e de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), estruturação de leitos. Também implantamos o plano de capacidade plena da Fhemig, recrutando e contratando recursos humanos para efetivamente prestar o melhor serviço à população”, sustenta Amaral.
O secretário não informou qual a capacidade de leitos atualmente, mas disse que já chegou a ter 5.900 desocupados. “Cada município tem sua particularidade, prefeitos têm liberdade para buscar hospitais de campanha ou até pedir hotéis para abrigar os doentes”, afirmou.
Máscaras
Perguntado sobre bombeiros e policiais militares e civis que têm se submetido à exposição sem máscaras, o secretário não justificou mas disse que a proteção serve para toda a sociedade “Entendemos que o uso de máscara deve ser amplo, para todas as pessoas que puderem”, disse Amaral.
Segundo ele, a população deve dar preferência para máscaras que não são de uso hospitalar para não fazer falta nas unidades de saúde.
Passageiros com febre
O secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, anunciou que a partir desta quinta-feira a Secretaria de Estado de Saúde já está entrando em contato com empresas de transporte intermunicipal para que possam medir a temperatura de passageiros antes do embarque. “A ideia é fazer de maneira cooperativa e não repressiva”, disse Cabral.
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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