A Polícia Civil de Minas Gerais recuperou um caminhão com 5 toneladas de insumos usados na fabricação de álcool em gel, produto avaliado em R$ 32.500. A carga vinha de Jacareí (SP), com destino a Lauro de Freitas (BA), quando o caminhão foi tomado de assalto por quatro criminosos armados. O crime ocorreu às 21h do dia 7 de abril, na BR-381, próximo a Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O motorista, um homem de 57 anos, e seu filho, um adolescente de 12 anos, foram abandonados duas horas depois no município de Esmeraldas, também na RMBH. Ninguém foi preso, mas há dois suspeitos identificados.
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Além das 5 toneladas do produto identificado como Aquawan 20, utilizado para a fabricação do álcool em gel, havia outros produtos no caminhão roubad. A carga total estava avaliada em R$ 48 mil. Os produtos pertencem a uma empresa do ramo de cosméticos e perfumaria sediada na Bahia e não tinham seguro. As mercadorias agora devem seguir para seu destio final.
Os investigadores não acreditam que o caminhão estivesse abandonado porque, além da carga, o próprio veículo tem valor de mercado, avaliado entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. Até esta sexta-feira (17), nenhum suspeito foi preso. A Polícia Civil afirmou que a organização crimosa foi parcialmente identificada, sendo dois suspeitos de Minas Gerais que já têm envolvimento com o roubo de cargas. Os investigadores estão trabalhando para obter prisão preventiva desses suspeitos junto ao Judiciário. “As investigações seguem em andamento a fim de identificar os outros dois suspeitos e a prisão de todos os responsáveis pela ação criminosa”, indicou o delegado.
No último mês, a Polícia Civil identificou avanço nos casos de roubo a carga em Minas. “Eles têm procurado por todo tipo de mercadoria, não escolhem as de maior valor de mercado. Neste período, foram mais de 30 inquéritos que resultaram em investigação e mandados de prisão, que aguardam o Judiciário. Até agora não identificamos um fator específico para esse aumento. Minas Gerais tem a maior malha viária do país, o que dificulta ter um policiamento ostensivo, e isso facilita a ação dos criminosos”, avalia Matoso.