Jornal Estado de Minas

COVID-19

Comerciantes de BH burlam decreto municipal e abrem as lojas neste sábado

Lojas de Venda Nova estiveram fechadas na tarde deste sábado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Apesar do decreto municipal emitido pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) há 10 dias, que suspende por tempo indeterminado as atividades comerciais em virtude do novo coronavírus, muitas lojas de Belo Horizonte abriram as portas na manhã deste sábado. Se a fiscalização feita pela Guarda Municipal é mais rígida na área central da cidade, vários estabelecimentos continuam funcionando normalmente, ainda que de forma discreta.


 
 
O movimento comercial foi maior no período da manhã. Na Avenida Silviano Brandão, no Bairro Santa Efigênia, pelo menos duas lojas de móveis ignoraram o decreto municipal e cumpriram o expediente de sábado (das 9h às 13h). No Bairro Santa Terezinha, na Região da Pampulha, salões de beleza, lojas de cosméticos e lava-jatos também funcionaram normalmente.

O decreto autoriza alguns serviços essenciais a seguirem em atividade, como supermercados, hipermercados, padarias, farmácias, sacolões, mercearias, hortifrutis, armazéns, açougues, postos de combustível, laboratórios, clínicas, hospitais, óticas, lojas de material de construção civil, agências bancárias, Correios e lotéricas. De acordo com a prefeitura, as atividades administrativas e os serviços de manutenção dos equipamentos podem ser realizadas por meio virtual ou com portas fechadas para o público externo, com escala mínima de funcionários.
 
 
Na tarde deste sábado, o Estado de Minas percorreu avenidas de grande movimentação em Venda Nova e no Barreiro, mas as lojas já estavam fechadas. Em ambas as regiões, homens da Guarda Municipal faziam o patrulhamento para tentar dispersar a aglomeração de pessoas. A corporação já havia iniciado a vigilância de praças públicas onde moradores fazem atividades físicas.


 
Desde 20 de março, foram feitas 9.582 visitas de orientação a estabelecimentos comerciais de BH. O número inclui as 3.998 abordagens ocorridas entre 8 e 17 de abril, já sob as regras do novo decreto 17.328, que substituiu o primeiro assinado por Alexandre Kalil e determinou o fechamento de todos os estabelecimentos que não exercem serviços essenciais. Foram recolhidos, nesse período, 21 alvarás.

“As abordagens dos agentes da Guarda Municipal acontecem durante patrulhas preventivas rotineiras feitas espontaneamente por toda a cidade ou com base em denúncias recebidas pelos canais disponibilizados pela prefeitura. A interdição das Praças da Liberdade, JK, Lagoa Seca, do Papa e da Assembleia, assim como a da Orla da Pampulha, também têm demandado a presença fixa dos agentes da Guarda Municipal, com o objetivo de fazer cumprir as orientações dos órgãos de saúde para o combate à pandemia do coronavírus”, diz a Guarda Municipal, por meio de nota ao EM.