Isolamento social, quarentena e home office. A regra, em tempos de combate à expansão da pandemia da COVID-19, é ficar em casa. O novo padrão social, porém, trouxe desafios de naturezas diversas, inclusive, ecológico. A produção de lixo doméstico cresceu, principalmente os recicláveis, devido ao aumento de pedidos de alimentos por aplicativo. E não é só a questão ambiental que preocupa, já tem faltado espaço físico para armazenar estes resíduos em condomínios.
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Comerciantes de BH burlam decreto municipal e abrem as lojas neste sábadoCoronavírus: Montes Claros prorroga quarentena até 30 de abrilClínicas são interditadas depois de dentistas com suspeita de COVID-19 continuarem atendendo BH não terá serviços de limpeza em feriado do Dia do TrabalhadorDatafolha: 79% dos brasileiros apoiam sanções a quem 'fura' o isolamentoNoite de sábado é de chuva em alguns bairros de BHDesde 23 de março, os 120 contêineres para recolhimento de papel, metal, plástico e vidro, dispostos nas nove regionais da cidade estão fechados. O serviço de coleta porta a porta também foi suspenso. Antes da interrupção, o serviço de coleta seletiva atendia a 195 mil domicílios, de 36 bairros de BH.
Dados de antes da pandemia dão a dimensão do problema. Há menos de um mês, Belo Horizonte produzia por dia cerca de 2.800 toneladas de resíduos. Desse total, aproximadamente 35% eram recicláveis. Os recicláveis como papel, metal, plástico e vidro são doados para as cooperativas parceiras do município. Conforme a SLU, a medida é uma forma de evitar o manuseio dos resíduos durante a triagem do material reciclável nos galpões das cooperativas e associações.
Onde armazenar todo esse lixo?
No condomínio onde Alexandre Ferreira de Araújo trabalha, no Bairro Castelo, Região da Pampulha, o aumento na produção de lixo tem esgotado a capacidade de armazenamento. “A coleta aqui é feita na terça, na quinta e no sábado. Temos 18 contêineres de 1 mil litros que eram suficientes para armazenar o lixo entre uma coleta e outra. Agora, a coleta é feita no sábado, e na segunda já não tenho mais lixeira vazia”, conta Alexandre, encarregado de zeladoria do condomínio Spazio Treviso.
Mesmo sem a coleta seletiva, ele tem buscado formas de separar o lixo, pelo menos, dentro do condomínio. “O vidro é o que mais preocupa na questão de segurança, tanto nossa como dos garis. Por isso, resolvi separar um contêiner só para colocar vidros. Depois, recolhemos com cuidado e levamos separados para a coleta do caminhão”, explicou o funcionário.
O que fazer com lixo que produzimos em casa, no momento, ainda é um problema sem solução. O que cada um pode fazer é optar por produtos que utilizem menos embalagem e dar preferência para empresas que tenham a prática.