As novas medidas adotadas pela prefeitura de Belo Horizonte no combate ao novo coronavírus obrigarão os estabelecimentos comerciais a limitar a entrada de clientes para evitar a aglomeração. A partir de desta quarta-feira (22), supermercados, padarias, açougues e hortifrutis terão de cumprir o novo decreto municipal 17.332 para evitar tumulto.
Além disso, funcionários e consumidores terão que obrigatoriamente usar máscaras de proteção. Várias lojas da cidade já vinham adotando o uso do álcool em gel logo na entrada e de uma proteção de acrílico para os trabalhadores, evitando o contato direto com os clientes. Além disso, outras empresas demarcaram o distanciamento (maior que 1 metro) que cada pessoa ficará uma da outra no acesso aos caixas.
A Associação Mineira de Supermercados (Amis) distribuiu comunicado aos empresários da cidade para que se adaptem o quanto antes às normas. Quem descumprir as normas corre o risco de perder o alvará de funcionamento. Da mesma forma que vem ocorrendo nas praças públicas onde há prática de atividades físicas e também nos comércios não essenciais, a Guarda Municipal fará vigilância para que as lojas cumpram as regras à risca.
O maior desafio é que todas as lojas se habituem à nova determinação da prefeitura, já que há possibilidade de formação de filas e tumultos no acesso aos estabelecimentos. De acordo com a PBH, as lojas deverão afixar cartazes informativos sobre a forma de uso correto de máscaras e o número máximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo no interior e devem impedir a entrada de consumidores que não estiverem com a proteção.
Outro item do decreto é que os supermercados devem permitir apenas uma pessoa a cada 13 metros quadrados de área de venda. E também será permitido somente o acesso de um adulto por compra na loja, sem permissão da presença de crianças no local.
A PBH ainda recomenda que a entrada de clientes seja controlada por método eletrônico, entrega de cartão numerado na entrada devidamente higienizado com álcool em gel ou produto similar ou qualquer outro procedimento equivalente que garanta o controle de circulação de pessoas.
Dono da rede de supermercados Verdemar, o presidente da Amis, Alexandre Poni, se mostra preocupado com o novo cenário na capital mineira: “Além da nossa equipe que trabalha diariamente, a gente vai ter que fazer essa conta, estipular o número de clientes na entrada. Vemos essa medida com certa apreensão, realmente”.
Ele aconselha os clientes a evitarem os horários com maior fluxo de pessoas nas lojas: “Faço apelo à população que divida em horários alternativos para vir comprar no supermercado. Na maioria das vezes, o movimento maior é no horário de pico, que geralmente é entre 17h e 20h”.