A Fiat Chrysler Automobiles, conglomerado industrial que reúne as marcas Fiat e Chrysler, confirmou ao Estado de Minas ser a proprietária de parte do carregamento de 10 toneladas de equipamentos de proteção individual (EPIs) e outros insumos para enfrentamento da pandemia de coronavírus, que desembarcou no aeroporto de Confins nesse domingo (19).
A montadora, no entanto, não informou com que finalidade adquiriu os produtos, nem deu detalhes sobre o conteúdo da carga. A BH Airport, concessionária que administra o terminal, afirma que a maior parte da mercadoria é composta por máscaras sanitárias. O mesmo voo trouxe também equipamentos de segurança, indústria automotiva e mineração.
Negócio da China
Ainda segundo a BH Airport, o material veio de Xangai, na China, transportado por um jato da companhia Aeroméxico. A aeronave fez uma parada no México e chegou por volta de 9h20 no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte.
A importação pode ser uma pista de que a Fiat pretende adotar postura semelhante à da Vale. No mês passado, a mineradora anunciou a compra de 5 milhões de kits de testes rápidos da COVID-19, que seriam doados ao governo brasileiro. A empresa também comprou óculos, luvas e máscaras para doar a médicos e enfermeiros no Brasil - remessa que também foi negociada com os chineses.
Segundo a companhia, estes últimos insumos chegaram ao terminal de Guarulhos, em São Paulo, no fim da tarde deste domingo (19). Trata-se de 1,25 milhão de máscara N95, a mais indicada para uso em ambientes contaminados pelo vírus; 1,5 milhão de máscaras cirúrgicas descartáveis, além de mais de 1 milhão de kits de testes rápidos.
A mineradora informou já ter repassado ao Ministério da Saúde outros 12,7 milhões equipamentos de proteção individual e 3,5 milhões de kits de teste rápidos.