O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse que a orientação do isolamento social horizontal segue para os cidadãos e que o comércio na cidade não tem data para reabertura. O chefe do Executivo municipal restringiu o funcionamento durante a pandemia do novo coronavírus em 17 de março deste ano, e as medidas ficarão mais rígidas na quarta-feira: o uso de máscaras de proteção será obrigatório, e somente serviços essenciais, como bancos, farmácias e supermercados, serão autorizados a funcionar na capital mineira.
“Não temos ainda a data de saída dessa pandemia, da flexibilização. Não temos porque a mesma técnica, a mesma ciência, que aqui prevalece de entrada será usada para saída dessa pandemia. Isso não é feito de qualquer maneira, isso é feito com responsabilidade, com matemática, com probabilidade e estatística e, principalmente, consciência”, disse, no início da tarde desta segunda-feira.
Sobre a reabertura geral do comércio na cidade, que é pedida tanto por alguns empresários como por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), Kalil disse que o assunto ainda será discutido. Será montada uma equipe para abordar especificamente os comerciantes da capital mineira.
“Quem vai definir data de reabertura da cidade de Belo Horizonte é um grupo de trabalho técnico e científico, e obviamente, como sempre fizemos e fizemos no Plano Diretor, chamaremos os interessados, vem os que quiserem, como Sindilojas, que foi um grande parceiro, CDL, Fiemg. Todos serão convidados para sentar à mesa com o grupo de trabalho que está sendo feito para fazer a coisa com calma, disciplina e orientação técnica”, afirmou Kalil.
Uma medida rígida para o cumprimento do isolamento social horizontal em BH e ventilada por Kalil é a aplicação de multas ao cidadão que sair de casa sem se enquadrar no grupo de serviços essenciais e também sem máscaras de proteção. O prefeito afirmou que isso foi solicitado à segurança, que deve apresentar um plano para que essa lei possa ser factível. Por enquanto, a prefeitura trata o fato como um “pedido”.
“Isso já deleguei ao pessoal da segurança, que me apresente um plano. Vão me apresentar um plano, mas primeiro temos que fazer uma entrega de duas milhões de máscaras para a população carente”, disse.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), divulgados nesta segunda, o coronavírus já matou 41 pessoas e infectou outras 1.189 em solo mineiro. Os casos suspeitos chegam a 75.441 no estado. Além de ser a capital de Minas, BH também concentra o maior número de mortos e casos confirmados do território: oito e 452, respectivamente.