A pandemia do novo coronavírus já é realidade há mais de um mês, mas as filas na Farmácia de Minas - Regional Belo Horizonte, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul da capital mineira, seguem sendo formadas semanalmente. Nesta quarta-feira, as pessoas aglomeradas na rua dificilmente seguiam os protocolos de distanciamento social enquanto aguardam o atendimento.
O local é o principal ponto de distribuição de medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais. Chama a atenção que parte das pessoas que aguardavam fazem parte do chamado grupo de risco para o coronavírus (idosos, transplantados, asmáticos, doentes renais crônicos, entre outros quadros clínicos). A fila flagrada pelo Estado de Minas entre 10h30 e 11h30 desta terça chegou a 800 metros, o equivalente a meio quarteirão.
Apesar das recomendações de se manter a distância de pelo menos um metro e meio, as pessoas da fila, em sua maioria parentes de pacientes que passaram por cirurgia e idosos que não têm quem busque o remédio para eles, se aglomeravam na Avenida do Contorno até perto da Rua André Cavalcanti. A aglomeração aumenta as chances de contaminação pelo coronavírus, causador da COVID-19.
O aposentado Rogério Vanucci, de 64 anos, chegou ao local às 9h30 desta quarta e saiu com seu medicamento quase duas horas depois. "Estamos aqui na luta, e olha que estou com horário agendado para 10h30. Mesmo assim, tive que entrar na fila. A gente teme, mas preciso do remédio diariamente", contou.
Dentro da Farmácia de Minas, porém, há o controle devido do atendimento, com o respeito às orientações dos órgãos de saúde. Do lado de fora, há a distribuição de senhas e orientação para que as pessoas se mantenham afastadas, o que é pouco efetivo. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que, para evitar aglomerações no interior da farmácia, o protocolo de controle de entrada foi alterado.
"Está sendo permitida a entrada dos pacientes de acordo com a capacidade dos guichês e fluxo dos atendimentos, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde de evitar aglomerações em ambientes fechados", diz o governo.
A SES-MG orienta que compareçam à Farmácia de Minas somente os pacientes com atendimento agendado. Esse tipo de recepção é possível de se fazer desde o início da pandemia, de forma presencial (após a pessoa receber o medicamento solicitado).
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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