Profissionais do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), coletam amostras de esgoto para detectar a presença do Sars-Cov-2 nos resíduos. Dados indicam a replicação ativa do vírus no sistema gastrointestinal: nos órgãos do paciente ainda pode ser encontrado o coronavírus, o que indicaria a possibilidade de a transmissão ocorrer mesmo após o trato respiratório estar livre do vírus.
Com o estudo, os pesquisadores querem ajudar a Secretária de Saúde a criar políticas sanitárias mais focadas nas regiões que apresentam maior carga viral.
Juliana ainda explica o objetivo do estudo: “A ideia é fazer a coleta das amostras de esgoto das cidades de Belo Horizonte e Contagem, em locais previamente definidos, mapeando também áreas que recebem contribuição de esgoto hospitalar”.
No laboratório, os pesquisadores processam as amostras para extrair o RNA viral e, na terceira fase, há a detecção e quantificação do vírus. Através do mapeamento da quantificação dos vírus nas fezes, os pesquisadores esperam poder inferir o número de pessoas infectadas pela COVID-19 em uma determinada região.
De acordo com os últimos números da Secretaria de Estado de Saúde de (SES- MG), divulgados nesta quarta-feira (22/4), o estado tem 1.283 casos e 47 mortes causados pelo novo coronavírus. O Brasil tem mais de 43 mil casos e 2,7 mil mortes pela COVID-19.
(* Estagiária sob supervisão do subeditor Fred Bottrel)