Minas Gerais recebeu, nesta quarta-feira (22), 18 respiradores que estavam inoperantes em hospitais e clínicas do estado devido a problemas de manutenção. Há cerca de 15 dias, num trabalho de parceria, a Fiat começou a reformar equipamentos que estavam defeituosos, para auxiliar no tratamento de pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A empresa já recebeu 75 respiradores de 27 hospitais, localizados em 22 cidades mineiras.
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Diante disso, administradores públicos tiveram que pensar em alternativas para conseguir prover os hospitais públicos de equipamentos respiratórios, essenciais no tratamento de vítimas da COVID-19. No início de abril, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou que o estado tentaria consertar aparelhos que estivessem inoperantes em estabelecimentos de saúde. Na época, previu-se que seriam em torno de 1 mil equipamentos, que seriam recolhidos em unidades públicas ou privadas dispostas à ação de parceria.
A partir daí, a Fiat reorganizou uma área de sua fábrica em Betim, na Grande Belo Horizonte, para realizar a manutenção dos respiradores pulmonares. Dezesseis funcionários trabalham em dois turnos para disponibilizar os aparelhos a clínicas e hospitais.
“A manutenção eletrônica e mecânica já é de domínio dos nossos funcionários. A questão dos equipamentos elétricos e procedimentos de segurança desses equipamentos elétricos é que não eram de domínio. Então, tivemos que buscar uma certificação e treinamento virtual com o Senai e, posteriormente, tivemos esses treinamento de capacitação de empresas parceiras de forma presencial voluntária”, explica o gerente de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA e responsável pela força-tarefa de manutenção dos respiradores, Leonardo Amaral.
Além dos 57 respiradores que ainda permanecem na fábrica para reparação, a previsão é de que a Fiat receba, ainda nesta quarta (22), mais 64 respiradores inoperantes. Desse total, 10 serão entregues pelo Exército (quatro vindos do Amapá e seis de Juiz de Fora). Outros 54 serão entregues pela Polícia Militar, que vem recolhendo aparelhos defeituosos em diversas cidades do estado.
Conforme frisa Amaral, o mapeamento de respiradores estragados é feito por uma equipe do Ministério da Saúde e do governo estadual. Após essa primeira etapa, caso o equipamento esteja em Minas, a Polícia Militar é a instituição responsável pelo transporte dos aparelhos, sempre destinados à mesma unidade de saúde em que os respiradores se encontravam. “A via de saída é a mesma de entrada e isso é feito pela PM”, explica.
Toda a operação é feita em conjunto com empresas parceiras; passando pela reparação, transporte de peças, certificações e treinamentos. As empresas participantes da iniciativa são: Aclin, AMECH (Associação Mineira de Engenharia Clínica e Hospitalar), Arkmeds, Azul Linhas Aéreas, Jabil, Medical Hosp., Sada e Surgical.
Além da fábrica da Fiat em Betim, a planta de Jeep, em Goiana (PE), também da montadora, é centro de recebimento e manutenção de aparelhos provenientes de Pernambuco, Paraíba e Alagoas.
Conforme levantamento divulgado pela Fiat, o Brasil possui cerca de 65,2 mil aparelhos respiratórios, mas em torno de 3,6 mil estão inoperantes e necessitam de reparos – o número equivale a mais de 5% do total. Estima-se que cada respirador recuperado possa atender até dez pacientes.
Governo estadual O Governo de Minas informou que recolhe os respiradores mecânicos dos municípios e entregam às empresas parceiras como Fiat, Senai e Acelor Mittal para o conserto. A administração pública ainda informou que recolheu, até hoje, 400 aparelhos em todo o estado. A previsão é de que 142 sejam reformados até esta quinta-feira.
Governo estadual O Governo de Minas informou que recolhe os respiradores mecânicos dos municípios e entregam às empresas parceiras como Fiat, Senai e Acelor Mittal para o conserto. A administração pública ainda informou que recolheu, até hoje, 400 aparelhos em todo o estado. A previsão é de que 142 sejam reformados até esta quinta-feira.
Hospital da Baleia
Além dos respiradores, o Hospital da Baleia recebeu 60 protetores faciais plásticos. Nesse caso, a FCA utilizou as impressoras 3D da fábrica para a produção dos equipamentos de proteção individual (EPIs). A ação tem parceria com a fornecedora New-Tech Company, de Caxias do Sul (RS). Juntas, a FCA e a New-Tech Company estão fabricando cerca de 4 mil peças.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Murta