A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, por meio de nota, que não fornecerá cestas básicas para feirantes, montadores de barracas e carregadores que trabalham na Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte. A negativa é uma resposta a petição on-line que pedia disponibilização de cestas básicas e dinheiro à administração municipal. A tradicional feira não ocorre desde o dia 22 de março. A mobilização conta com mais de 1 mil assinaturas.
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A Prefeitura de Belo Horizonte informou que já suspendeu os pagamentos de taxas públicas de todas suas feiras. E esclarece que, "com relação a cestas básicas, enquanto categoria os feirantes não atendem aos requisitos, pois não há critério de renda para a participar das feiras."
Marcus Afonso dos Santos Brant, de 61 anos, trabalha na feira há 44 anos no setor de vestuário adulto. Ele explica que a venda aos domingos é a principal fonte de renda. "A feira me proporciona uma renda de mais ou menos R$ 1.800 por mês. É esse valor que tive que lançar mão de minhas reservas, que já estão acabando, neste primeiro mês de quarentena", relatou.
Em resposta à nota da PBH, ele diz que há descaso: "A prefeitura não teve nem a gentileza de um telefonema. Está nos tratando como sempre tratou, com total desprezo." Entretanto, ele ainda espera que a administração municipal acate as reivindicações. "Espero que a prefeitura é ajude neste momento, atendendo a petição e, depois da pandemia, espero que nos ajudem melhorando a infraestrutura da feira", cobrou.
Feira on-line
Um perfil no Instagram foi criado para divulgar as mercadorias de diversas barracas que compõem a feira dos domingos, realizada na Avenida Afonso Pena, região central de BH. As publicações no perfil @falafeiraoficial começaram a ser feitas em 21 de março, um dia antes do primeiro domingo sem a realização da feira. Além dos produtos, há o contato dos comerciantes para mais informações. A logística da entrega é combinada diretamente com os vendedores.
A organização estima que 40 mil pessoas visitem o local todo domingo. Há, segundo os organizadores, geração direta ou indireta de 30 mil empregos. O horário de funcionamento é das 7h às 14h, com o fechamento total de parte da Avenida Afonso Pena, que a recebe desde 1991.