Jornal Estado de Minas

SAÚDE MUNICIPAL

Em BH, leitos de UTI reservados à COVID-19 são menos ocupados que os voltados a outras doenças

 

Quase nove de cada 10 leitos UTI voltados a outras doenças, exceto a COVID-19, estão ocupados, em média, em Belo Horizonte. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, a taxa ocupacional das unidades deste tipo é de 85%.



 

O dado está muito além da ocupação dos leitos de UTI reservados aos pacientes diagnosticados com a infecção pelo novo coronavírus. Segundo a pasta, no último domingo (19), 39% dessas unidades estavam tomadas por pacientes.

 

Ainda conforme a Saúde municipal, houve o registro de uma ocupação de 96% dos leitos voltados a outras doenças no domingo (19). Segundo a prefeitura, trata-se de "um recorte de uma situação dinâmica".

 

A pasta, contudo, não explicou o que levou a essa ocupação quase que total dos leitos dedicados a outras enfermidades.

 

Quanto aos leitos de enfermaria voltados à COVID-19, a Saúde Municipal informou que a taxa de ocupação é de 36%.



 

A reportagem fez contato com a secretaria para que fossem informados os números de leitos de UTI e de enfermagem para outras doenças e para a COVID-19. O e-mail foi enviado por volta das 20h40 e ainda não foi respondido.

 

Em relação aos de UTI destinados a outras doenças, a pasta informou ao portal G1 que Belo Horizonte tem 1.070 leitos: 600 da rede SUS e 470 na particular.

 

 

Para atendimento a pacientes com COVID-19, a secretaria esclareceu que são 176 leitos. Essas unidades não entram no contingente voltado a outras doenças. 

 

No início do mês, no entanto, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse em entrevista coletiva que a cidade tinha mil novos leitos de UTI exclusivos aos pacientes diagnosticados com a COVID-19. Segundo ele, as vagas foram disponibilizadas pelos hospitais São José e São Francisco e, também, pela Santa Casa.