No documento, os vereadores pediam ao prefeito detalhes sobre o plano adotado para a volta às aulas. Também exigiam do chefe do Executivo municipal a apresentação de evidências científicas que amparavam a medida.
Os vereadores também queriam que Doutor Marcos Vinícius, alcunha com a qual o prefeito foi eleito, desse detalhes sobre as condições da cidade em meio à pandemia, como número de leitos disponíveis e testes já realizados na população.
A polêmica começou depois que o prefeito afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que abriria as escolas mesmo em meio à pandemia. A cidade tem, conforme o último levantamento da Secretaria de Estado de Saúde, seis casos confirmados de COVID-19, sem mortes registradas.
“Pais, escola particular, dia 4 de maio eu volto com as escolas. ‘Ah, mas eu não vou mandar o meu filho pra a escola’! É problema seu, mãe. Mas, dia 4 de maio nós vamos voltar com as escolas. Temos que ter respeito. E não medo (da infecção pelo novo coronavírus)”, disse o prefeito tucano na ocasião.
Em nota, a prefeitura local informou que retorna das aulas na rede municipal será adiado "em vista a impossibilidade de garantia por parte do governo do estado de entrega dos equipamentos" para a montagem de 59 leitos que serão instalados em um hospital local.
"Todas as nossas decisões e ações desenvolvidas até o momento estão sendo são discutidas em conjunto com Comitê Gestor de Crise instalado para comandar o trabalho de combate ao coronavírus, tudo pautado com responsabilidade, transparência e principalmente, zelando pelo bem estar da população", esclareceu o chefe do Executivo.
Quanto ao documento enviado pela Câmara de Coronel Fabriciano ao Ministério Público, a prefeitura esclareceu que não foi notificada.