O prefeito de Montes Claros (Norte de Minas), Humberto Souto (Cidadania), assinou um decreto que determina a obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em locais públicos, dentro dos ônibus e estabelecimentos comerciais da cidade, como medida preventiva contra a transmissão do coronavírus(COVID-19). Ele também autoriza que o comércio não essencial possa fazer a venda presencial de mercadorias, mas de uma maneira difícil de ser aplicada na prática, somente para os consumidores que estiverem de carro, sem que eles saiam de dentro do veículo.
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A Prefeitura determina que, a partir deste sábado, os estabelecimentos do comércio considerado essencial, tais como supermercados, farmácias e padarias, deverão impedir a entrada nas lojas das pessoas que não estiverem usando “máscaras caseiras cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto”.
PERMITIDOS CULTOS E MISSAS, MAS COM RESTRIÇOES
O Executivo Municipal de Montes Claros também permitiu, a partir deste sábado, a realização de cultos e missas, mas com várias restrições. As celebrações poderão acontecer pelo tempo máximo de 45 minutos, com o limite de 30 pessoas, fazendo o uso de máscaras e respeitando o afastamento mínimo de quatro metros entre si. Cada igreja poderá promover celebrações somente um dia por semana.
O prazo de validade das medidas do isolamento social contra a transmissão do coronavirus, adotadas em 23 de março, terminaria no dia 21 de abril. No entanto, o prefeito Humberto Souto decidiu prorrogar o prazo até 30 de abril.
Na ultima quarta-feira (22), as entidades de classe do comércio, da indústria e de serviços de Montes Claros, encaminharam uma carta conjunta à prefeitura local, solicitando a abertura dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços não essenciais da cidade. O documento também foi enviado para o Ministério Público Estadual (MPMG).
As entidades de classe apresentaram ainda a proposta de formação de uma comissão paritária, com representantes das áreas de saúde, desenvolvimento econômico, procuradoria jurídica e finanças da prefeitura e representantes das entidades de classe e Câmara de Vereadores, “para auxiliar no plano de retomada das atividades econômicas, com responsabilidade social, levando em conta sua adequação com as medidas necessárias de proteção à saúde da população”.
Também nesta quarta, um grupo de comerciantes fez um protesto na Praça Doutor Carlos, no Centro da cidade, cobrando flexibilização das medidas. No protesto, os comerciantes exibiram cartazes, com queixas sobre as consequências enfrentadas em decorrência do fechamento de suas lojas, principalmente com relação ao acúmulo de dívidas e ao risco de desemprego em massa. Os manifestantes ficaram afastados um dos outros por uma distância mínima, para evitar os riscos de contaminação do coronavírus.