O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, alertou que a adesão ao isolamento social no estado diminuiu ao longo dos últimos dez dias, e reforçou que a medida continua sendo a principal recomendação da pasta.
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Na ocasião, o secretário mencionou também o programa Minas Consciente, anunciado nessa quinta-feira (23) pelo governador Romeu Zema (Novo), cuja proposta é orientar o retorno gradual das atividades comerciais nos municípios. Questionado sobre o risco de o protocolo estimular a quebra descontrolada do isolamento social, Amaral reiterou que o crescimento da mobilidade já existe e não pode ser conectado à política de retomada econômica do governo.
"O que nós estamos vendo é que as pessoas já estão indo para a rua. Isso já é fato. Essa mudança é natural, independe do que nós estamos orientando. Neste momento, a Secretaria de Saúde e o governo não mudaram suas orientações. Só estão liberadas as atividades essenciais. É o que está valendo até agora. Nós entendemos que, semana que vem, pode haver a abertura da primeira onda. Mas nós não começamos ainda. Nós estamos informando, neste momento, o projeto que nós temos e como ele será desenvolvido. É importante que o cidadão entenda isso: é para manter o isolamento.", destacou.
O programa Minas Consciente divide as atividades e serviços do estado em quatro ondas: essenciais (onda 0), baixo (onda 1), médio (onda 2) e alto risco (onda 3), considerando as variáveis econômicas e o impacto de cada uma no sistema de saúde. A ideia é que o retorno dos segmentos seja gradual. De acordo com Zema, as orientações gerais para adesão ao projeto, que é opcional, serão disponibilizadas às prefeituras na semana que vem.
O chefe do executivo estadual, no entanto, ponderou que o programa pode ser acelerado, mantido como está ou até recuado, dependendo do avanço da COVID-19 em Minas – onde o novo coronavírus matou 54 pessoas e infectou 1.419, segundo informe epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) divulgado nesta sexta-feira (24)