Com o isolamento por causa do coronavírus e a maioria das pessoas em casa, aumentou o número de matrículas em cursos remotos, via internet. A constatação é do gerente de desenvolvimento do Senac, Roland Anton Zottele, que informa que desde o inicio da quarentena os cursos oferecidos pela instituição receberam nada menos que 450 mil novas matrículas.
Leia Mais
Coronavírus: pisar na terra foi primeiro ato de irmãos quilombolas ao chegar do exteriorEm plena pandemia, lixo de penitenciária em Neves é jogado em terreno baldioZema rebate denúncias: 'Não há obstáculos para profissionais da saúde exercerem suas funções'Senac Minas disponibiliza 13 mil vagas em cursos virtuais em meio à pandemiaCoronavírus: Copasa adota medidas para restabelecer fornecimento de água de inadimplentesPrefeitura de Santa Luzia publica decreto de flexibilização do funcionamento do comércioTodos são cursos gratuitos. Do total de inscrições, 70% são de alunos da Região Sudeste. “É onde está a grande concentração da população brasileira”, justifica Roland.
O aumento do interesse, segundo Roland, pode ser explicado pela resposta imediata do público às oportunidades de especialização. “Somente nesta sexta-feira (24), abrimos a oferta de 117 cursos. Ao meio-dia, só havia 74 sem estarem com as vagas esgotadas”.
A maioria dos cursos oferecidos é de curta duração, diz o gerente de desenvolvimento. Nesses casos, não há a necessidade de um professor. “São cursos em que a pessoa entra e faz, conclui.” Nesses, há 240 mil inscritos.
Existem também os cursos chamados tutoriais, aqueles em que os alunos podem interagir com o professor via internet. “Se ele tiver uma dúvida, se precisar de esclarecimento, ele tem a quem consultar, o professor.” Nessa modalidade, são 170 mil matriculados.
Existem ainda os feitos com parcerias tecnológicas com empresas. “São 36 mil matriculados, e são importantes para atender esse segmento”, afirma Roland, que cita ainda os cursos de extensão universitária, que tem hoje 7.500 matriculados.
O outro lado
“A chance de aprimoramento”. É assim que o terapeuta constelador Roberto Firmino, de 55 anos, viu esse período de coronavírus. “Era preciso ocupar o tempo, pois não estamos fazendo atendimento como fazíamos, presencial e em grupo. Por isso, resolvi fazer um curso que me permitisse aprimorar, ainda mais na constelação”.
O novo curso, segundo ele, permitirá principalmente melhorar a sua performance na profissão. “É um momento único, que procuro aproveitar. Estarei atendendo melhor me aprimorando nesse curso”.
Rafael Oliveira, de 29 anos, é programador em computação. Ele era instalador de antenas de internet a rádio, quando resolveu estudar via remoto. De 2013 a 2017, fez um curso de graduação a distância. Hoje, trabalha na ETUS Media, que funciona em Belo Horizonte, mas ele fica em sua casa, em Guapé.
“Para quem trabalha com sistemas de informática, os cursos complementares são uma frequência”, completa, afirmando ter aproveitado o período para fazer um curso que ajudará em sua profissão, Laravel, uma plataforma on-line Udemy. “É para me aprimorar”.