Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Itabira reabre comércio parcialmente, mas diz que pode rever se houver descontrole

 
Itabira é mais uma cidade mineira a permitir a reabertura, ainda que parcial, do comércio, depois de fechá-lo devido à pandemia da COVID-19. A partir desta terça-feira (28), os estabelecimentos estão liberados a receber clientes, desde que obedecidas algumas normas, como horário de funcionamento limitado (10h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 9h às 13h, aos sábados), a oferta de álcool em gel, a organização de filas e a manutenção de distância mínima entre as pessoas.



A cidade de Carlos Drumond de Andrade passa a exigir também o uso de máscaras para quem sair às ruas. Itabira confirmou oito infectados pela COVID-19, sendo um já recuperado, e uma morte. Há seis pacientes em isolamento domiciliar. 

De acordo com a prefeitura, a reabertura só foi possível porque a população colaborou com as ações adotadas para controlar o avanço do novo coronavírus no município. “Já garantimos 127 leitos nos dois hospitais e vamos implantar um hospital de campanha na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Mata do Intelecto), pensando na logística hospitalar, pois está ao lado do Hospital Municipal Carlos Chagas. Com a estrutura, podemos chegar a 200 leitos exclusivos para atender pacientes da COVID-19. Com embasamento técnico e responsabilidade, vamos flexibilizar o funcionamento do comércio, com o objetivo também de salvar empregos de itabiranos e itabiranas”, disse o prefeito Ronaldo Magalhães (PTB), em nota divulgada pela assessoria.

Conforme Magalhães, o panorama do novo coronavírus em Itabira é avaliado diariamente. Assim, as medidas de liberação podem ser atualizadas ou revistas, dependendo do estágio da pandemia no município. Por isso, ressalta, é fundamental que os cidadãos continuem tomando todas as precauções, como evitar aglomerações e se proteger. 



O município adotou o isolamento social no mês de março, evitando o colapso da rede de saúde, que recebe pacientes de várias cidades do entorno.

Polêmica

Desde o fim da semana passada, as autoridades se viram questionadas em função da compra de máscaras para funcionários públicos municipais. Isso porque no Portal da Transparência constava a compra de 10 mil “máscaras de tecido reutilizáveis para atender às medidas de proteção contra a COVID-19”, “100% algodão para distribuição à população de Itabira”. O valor pago foi de R$ 121,5 mil, o que representaria exorbitantes R$ 12,15 por unidade. 

O poder Executivo, que está dispensado de processo licitatório em função de estado de calamidade, diz que houve erro de digitação. “Na verdade, foram adquiridas 45 mil máscaras por R$ 121,5 mil, ou seja, o custo é de R$ 2,70 por unidade”, assegura Ricardo Guerra, asssessor de comunicação da prefeitura de Itabira.

Segundo ele, 10 mil seria o número referente apenas à primeira remessa de máscaras. Além disso, foram adquiridas 40 mil protetores faciais, mas feitos de TNT (tecido não tecido), ao custo de R$ 99.435,89, para os profissionais da saúde que atuam no município.