A delegada responsável pelo caso, Mônica Brandi, afirmou que os elementos de comprovação de autoria são inquestionáveis e indiciou os dois acusados: a mãe pelo crime de tortura, e o suspeito por omissão.
De acordo com a corporação, as imagens feitas pelo ex-companheiro da suspeita mostram que ela usou um fio de extensão para agredir a filha – desferindo tapas no rosto e socos na cabeça da vítima. A filha sofreu lesões na boca, no tórax e nas pernas.
A agressão teria sido motivada porque a criança pegou preservativos da mãe para brincar. O homem relatou à polícia que pediu para a mãe parar e alega que não socorreu a vítima porque a menina não é filha dele.
Na versão da mulher, ela disse que apenas "corrigiu" a filha, pois a criança tinha pegado dinheiro escondido. Ela ainda afirmou que foi a primeira vez que bateu na menina.
A criança passou por avaliação psicológica e psiquiátrica e encontra-se sob os cuidados de uma tia materna, sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar.
A Polícia Civil reforça a importância da população em denunciar crimes praticados contra crianças no seio familiar. "Os pais têm o dever de zelar pelo bem-estar dos filhos. Excessos devem ser denunciados e investigados pelos órgãos competentes", diz a delegada.