Jornal Estado de Minas

DENGUE

Minas tem cinco mortes confirmadas e 26 em investigação


 
Minas Gerais tem mais três mortes suspeitas por dengue em 2020, informou nesta segunda-feira (27) a Secretaria de Estado de Saúde. Com isso, são 26 os óbitos em investigação da doença. Na comparação com o levantamento anterior, o número de vidas perdidas já atestadas permaneceu em cinco, nas cidades de Guaxupé e Alfenas, no Sul do estado; Medina e Itinga, no Vale do Jequitinhonha; e Carneirinho, no Triângulo Mineiro.



Além do aumento de mortes suspeitas, os casos prováveis sofreram acréscimo: de 51.842 para 56.031, crescimento de 4.189. Os casos prováveis são tratados pela Saúde estadual como a soma dos suspeitos aos confirmados.

Ao contrário de 2019, Minas Gerais não enfrenta um ano epidêmico em 2020. Ainda assim, a combinação entre a falta de estrutura de parte do estado e as chuvas acima da média em janeiro e fevereiro, além dos problemas de saneamento básico, fazem de 2020 um ano com mais diagnósticos prováveis que em outros não epidêmicos. 

Considerando todos os anos não epidêmicos na década, apenas em 2014 o estado registrou mais casos prováveis que neste ano. 

Naquela ocasião, os 12 meses foram fechados com 58.489 diagnósticos suspeitos e confirmados, marca que deve ser superada neste ano.



Casos graves e de alerta


Em 2020, conforme a pasta do governo estadual, foram notificados 189 casos de dengue com sinais de alarme e 25 classificados como dengue grave em Minas.

Há 24 cidades com incidência muito alta da doença nas últimas quatro semanas epidemiológicas: quando há mais de 500 casos por 100 mil habitantes. Dessas, nenhuma está localizada na Grande BH. 

Outros 35 municípios registram alta incidência (entre 300 e 499 casos/100 mil habitantes) e 117 média (entre 100 e 299/100 mil). 

Outras viroses

 

Também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti,febre chikungunya tem 944 casos prováveis em Minas neste ano. Há uma morte em investigação em Campo Belo, no Centro-Oeste do estado.

 

Há dois municípios em incidência muito alta dessa doença: Alpercata, no Vale do Rio Doce; e Pirapetinga, na Zona da Mata.

 

Quanto ao zika vírus, há 317 casos prováveis, sendo 34 em gestantes. Não há mortes em investigação nem cidades em incidência muito alta.