As mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tiveram um aumento de 360,8% em Minas Gerais desde 8 de março, quando a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou o primeiro caso da COVID-19 em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, até esta segunda-feira (27). Os dados sobre o aumento são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil).
De acordo com a Arpen Brasil, no mesmo período do ano passado, ocorreram 23 mortes por SRAG. Neste ano, nesse intervalo de tempo, os óbitos são 106.
Em Belo Horizonte, o aumento é ainda maior: nenhuma morte por SRAG havia sido computada até 27 de abril em 2019, enquanto neste ano já são 24.
Não se pode, contudo, garantir que esse acréscimo é um indício de subnotificação das vidas perdidas pela COVID-19.
O aumento em Minas, contudo, está aquém do observado em outros estados. Em Pernambuco, por exemplo, o crescimento percentual das mortes por SRAG é de 6.357% – o maior do país.
O boletim diário divulgado pela Saúde mineira não traz o número de mortes por SRAG. Porém, informa sobre as internações ligadas à doença.
Conforme o levantamento, o aumento das hospitalizações é ainda maior que o de mortes trazido pelos cartórios: 477% em relação a 2019.
Foram 5.371 internações por essa doença em 2020 contra 931 no ano passado.
Mortes por COVID-19
Os cartórios também apresentam o número de mortes confirmadas e suspeitas de COVID-19. De acordo com a Arpen Brasil, são 143 óbitos nessas condições em Minas Gerais.
A Saúde estadual computa 62 mortes confirmadas pela doença e 98 em investigação. Na soma, o contingente é maior que o apurado pelos cartórios: 160.