A reabertura do comércio em Minas Gerais em meio à pandemia do novo coronavírus será uma “volta à uma nova normalidade” e não uma “volta à normalidade”, considera o governador Romeu Zema (Novo). O chefe do Executivo mineiro alertou nesta terça-feira que a retomada das atividades comerciais nas cidades não deve ser encarada como uma volta à rotina pré-COVID-19.
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“Queremos que essa reativação gradual seja a mais segura possível. Queremos que aquelas pessoas que têm qualquer risco não facilitem, que continuem no isolamento. As portadoras de qualquer doença, que as expõem a risco, que não retornem ao trabalho até que a situação tenha maior segurança. Mas sabemos que o vírus está entre nós e não irá embora nem em 30, 60 ou 90 dias. Precisamos ajustar a sociedade a conviver com ele de forma segura, e o que propomos nos protocolos são medidas de segurança para que qualquer pessoa que vá a um estabelecimento tenha a menor chance possível de se infectar”, disse Zema.
A medida é uma forma de fomento à adoção do chamado isolamento social vertical, isolando somente pessoas que pertencem ao grupo de risco do coronavírus, diferentemente do que vinha sendo adotado pela maioria das cidades mineiras e brasileiras. A capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, ainda não planeja retomar as atividades e seguirá com o chamado isolamento social horizontal, com a recomendação para o maior número de pessoas possível dentro de suas casas e somente com serviços essenciais em pleno funcionamento.
Segundo o mais recente boletim epidemiológico da SES-MG, divulgado nesta terça-feira, 71 pessoas morreram de COVID-19 em todo o estado (o primeiro óbito em solo mineiro completa um mês nesta quarta-feira). Outros 1.649 casos da doença foram confirmados em Minas, enquanto 79.313 estão em investigação. BH concentra o maior número de casos confirmados e de mortes: 555 e 14, respectivamente.