Um objeto voador que cruzou da capital mineira até Ouro Preto chamou a atenção de quem admirava o céu azul de domingo (26). Alguns se espantaram, achando se tratar de um OVNI. Mas fotografias de telescópios mostram que, na verdade, era um grande balão artesanal, movido a partir da alimentação de tocha de fogo. Uma possível queda poderia incendiar matas e propriedades rurais isoladas, em plena quarentena.
As fotos que mostram o balão foram tiradas pelo analista ambiental Anael de Freitas Espeschit, de 42 anos, morador do Bairro São Geraldo, na Região Leste de Belo Horizonte. Foi a mãe dele, que mora em Glaura, um distrito de Ouro Preto, quem ligou avisando sobre o avistamento.
"Minha mãe me perguntou o que era que estava parado 'debaixo da lua'. Achei que podia ser Vênus, mas não avistei nada. Minha filha pequena ouviu a conversa e olhou para a direção oposta e viu o balão na direção Sul, no rumo de Ouro Preto", conta.
O analista conta que trabalha com drones e por isso pôde constatar que o objeto era muito grande e que voava a cerca de 4 mil metros de altitude. "Era branco e carregava o estandarte de um santo. Para ser visível numa diferença de 60 quilômetros, tinha de estar mais alto que a Serra do Gandarela, acima de 1.700 metros", estima.
O objeto, contudo, representa perigo para a natureza e para as pessoas, alerta o analista ambiental. "Um perigo muito grande. Com tudo seco, se caísse poderia criar um incêndio na Floresta Estadual do Uaimii ou no Parque Nacional do Gandarela. Isso, se não incendiasse a mata e atingisse as casas de quem mora isolado nas roças em plena quarentena", afirma.
Do outro lado de Belo Horizonte, na Região Oeste, o professor Luciano Faria estava passeando com seu cachorro no Bairro Buritis, na Rua Amílcar Viana Martins, ao avistar o objeto. "Algumas pessoas vão até lá para ver o pôr do sol. Quando olhei para Leste, vi dois pontos bem brilhantes e que estavam aparentemente imóveis no céu. Para saber se não estava vendo coisas, perguntei a uma pessoa que estava do meu lado com a esposa para saber se eles também podiam ver. Enquanto a esposa dele falou que deveriam ser os ET's querendo invadir o mundo por causa da COVID-19, o esposo dela concordou comigo que deveria ser um balão meteorológico".
O professor pesquisou e viu que vários sites de baloneiros vinham combinando soltar os balões no fim de semana em várias partes do Brasil. "Acho que pelo fato de o céu estar mais limpo seja mais comum ver coisas em uma atmosfera sem poluição. A gente às vezes não vê, mas os meteorologistas lançam balões constantemente", disse Faria.
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O analista conta que trabalha com drones e por isso pôde constatar que o objeto era muito grande e que voava a cerca de 4 mil metros de altitude. "Era branco e carregava o estandarte de um santo. Para ser visível numa diferença de 60 quilômetros, tinha de estar mais alto que a Serra do Gandarela, acima de 1.700 metros", estima.
O objeto, contudo, representa perigo para a natureza e para as pessoas, alerta o analista ambiental. "Um perigo muito grande. Com tudo seco, se caísse poderia criar um incêndio na Floresta Estadual do Uaimii ou no Parque Nacional do Gandarela. Isso, se não incendiasse a mata e atingisse as casas de quem mora isolado nas roças em plena quarentena", afirma.
Do outro lado de Belo Horizonte, na Região Oeste, o professor Luciano Faria estava passeando com seu cachorro no Bairro Buritis, na Rua Amílcar Viana Martins, ao avistar o objeto. "Algumas pessoas vão até lá para ver o pôr do sol. Quando olhei para Leste, vi dois pontos bem brilhantes e que estavam aparentemente imóveis no céu. Para saber se não estava vendo coisas, perguntei a uma pessoa que estava do meu lado com a esposa para saber se eles também podiam ver. Enquanto a esposa dele falou que deveriam ser os ET's querendo invadir o mundo por causa da COVID-19, o esposo dela concordou comigo que deveria ser um balão meteorológico".
O professor pesquisou e viu que vários sites de baloneiros vinham combinando soltar os balões no fim de semana em várias partes do Brasil. "Acho que pelo fato de o céu estar mais limpo seja mais comum ver coisas em uma atmosfera sem poluição. A gente às vezes não vê, mas os meteorologistas lançam balões constantemente", disse Faria.