Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Minas tem pelo menos 10 mortes a mais por COVID-19 que o computado pelo estado

 

Minas Gerais tem ao menos mais 10 mortes causadas por infecção pelo novo coronavírus, além das 71 já informadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta terça-feira (28). Os dados foram levantados pelo Estado de Minas, que cruzou os números informados por algumas prefeituras com o último boletim da SES.



 

No levantamento da reportagem, foram consideradas as cidades com mais que 100 mil habitantes: 32 prefeituras no total. Dessas, apenas os municípios de Betim e Santa Luzia, ambos na Grande BH, não informam os números locais em seus canais de comunicação (redes sociais e site oficial), portanto não fazem parte da análise.

 

As 10 mortes que ainda não fazem parte do boletim da Saúde estadual estão concentradas nos seguintes municípios: Uberlândia (3), Juiz de Fora (3), Montes Claros (1), Governador Valadares (1), Poços de Caldas (1) e Varginha (1).

 

Com isso, na prática, o estado tem pelo menos 81 óbitos por COVID-19.

 

Quanto aos casos confirmados, os números das prefeituras e da SES diferem em 71. As 32 cidades com mais de 100 mil pessoas em Minas Gerais, excluindo Betim e Santa Luzia, concentram, conforme seus próprios boletins, 1.195 diagnósticos. A Saúde estadual, no entanto, computa 1.124 nesses municípios.



 

De todas as prefeituras, somente a de Vespasiano, na Grande BH, não registra sequer um diagnóstico da doença.

 

A diferença entre o levamento das prefeituras e da Saúde estadual tem sido explicada pela SES por meio do “fluxo de notificação”.

 

De acordo com as informações passadas pela secretaria estadual, assim que o caso suspeito é identificado pelo serviço de saúde, “é realizada uma triagem com este paciente de acordo com dados clínicos e epidemiológicos, auxiliando na tomada de conduta de interação ou isolamento domiciliar. O profissional de saúde entra em contato com o CIEVS-Minas (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais) ou Unidade Regional de Saúde para discussão do caso.”

 

Uma vez definido como caso suspeito, o município preenche um formulário com os dados do paciente, denominado RedCap, específico do Ministério da Saúde.


  
Por meio desse formulário é gerado todo o banco de dados do coronavírus no estado. O COES Coronavírus analisa esse banco de dados diariamente, reclassifica os casos, solicita novas informações ao município e faz o cruzamento dos resultados de exames laboratoriais.
 
Após esse fluxo, os dados serão incluídos no boletim diário.