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Estado de Minas COVID-19

Esta senhora de 96 anos passa o dia fazendo máscaras e tem um recado

Dona Jurema Magalhães parou de fazer as atividades costumeiras por causa do coronavírus e agora, se dedica a produção de máscaras, que estão sendo doadas a comunidades de BH.


postado em 29/04/2020 13:53 / atualizado em 29/04/2020 14:02

Dona Jurema na máquina onde costura as máscaras para doação(foto: Divulgação)
Dona Jurema na máquina onde costura as máscaras para doação (foto: Divulgação)
Acostumada à "costura para fora", desde muito jovem, Jurema Magalhães mantém a disposição. E no meio da pandemia de coronavírus, a aposentada de 96 anos dá exemplo de vitalidade. Ela dedica grande parte do dia para costurar máscaras destinadas a doação; já foram feitas mais de uma centena delas. O material é distribuído pela nora de Dona Jurema em comunidades em vulnerabilidade social de Belo Horizonte. 

Dona Jurema nasceu em 1923 em uma fazenda no interior de Minas Gerais e aprendeu a costurar aos 12 anos, com uma professora da escola. Antes da pandemia, saía para fazer compras, pagar contas, ir à igreja, realizar trabalhos voluntários, mas desde a recomendação das autoridades para que todos fiquem em casa, ela tem seguido à risca a orientação do Ministério da Saúde

Por conta da idade avançada, são os filhos de Dona Jurema os responsáveis por fazer as atividades da mãe na rua. Ela, que faz parte do grupo de risco do coronavírus, manda um recado: “Fique em casa, confinado, até a hora que as autoridades falarem que podemos voltar à vida normal”.

A sugestão de começar a costurar máscaras veio de uma amiga da neta, que deu máscaras de presente para Dona Jurema. A partir desses exemplares de máscaras de tecido, ela tirou o molde e se dedicou à tarefa. “Abençoo muito quem me deu o molde para ter as condições de fazer as máscaras para doar”, comenta a quase centenária. 

O dia a dia de Dona Jurema durante a pandemia consiste além da produção das máscaras, em regar as plantas, alimentar o gato, assistir missas transmitidas pela televisão, costurar, cozinhar e arrumar a casa. Os quatro filhos de Dona Jurema vão poucas vezes por mês na casa da mãe, somente para verificar se ela está tomando todas as precauções: “Quando eles vêm, usamos máscaras, ficamos distantes e passamos álcool gel”, recomenda. 

(* Estagiária sob supervisão do subeditor Fred Bottrel)


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