Calafate, Prado, Gutierrez. Os bairros das regiões Oeste e Centro-Sul são os que mais concentram os casos graves de COVID-19 em Belo Horizonte, segundo a prefeitura. Até esta quarta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde confirmava 561 diagnósticos positivos para coronavírus e 16 mortes provocadas pela doença na capital. Nesse grupo, 66 pessoas haviam sido internadas até a última quinta-feira (23) – data em que foi divulgado o mapa de calor dos casos positivos.
Para a Subsecretaria de Promoção e Vigilância à Saúde de BH, a receita é a mesma em todo lugar: os cuidados precisam ser redobrados. Os moradores desses bairros com maior incidência de pacientes com quadros de maior gravidade da doença garantem que estão se protegendo, mas relatam que alguns vizinhos têm burlado as recomendações de prevenção.
Para a Subsecretaria de Promoção e Vigilância à Saúde de BH, a receita é a mesma em todo lugar: os cuidados precisam ser redobrados. Os moradores desses bairros com maior incidência de pacientes com quadros de maior gravidade da doença garantem que estão se protegendo, mas relatam que alguns vizinhos têm burlado as recomendações de prevenção.
“Não significa que a pessoa contraiu nesse local, mas sua residência. A regional Norte, por exemplo, tem registro de dois óbitos mas não tem a mancha casos graves”, disse. Ou seja, não concentrou muitos casos da doença que levaram à internação. Nove pessoas haviam morrido por COVID-19 até o dia em que o mapa foi feito. Dessas, quatro moravam na Região Centro-Sul, duas na Região Norte, uma na Pampulha e outra na Noroeste. “É um vírus com ‘n' possibilidades de transmissão. Em qualquer local, em qualquer bairro ou quarteirão, os cuidados precisam ser redobrados”, completou.
Os dados de casos confirmados no mapa divulgado pela PBH foram baseados em 49 dos 66 casos, pois, segundo o subsecretário, não constava o endereço completo dos outros 17 pacientes internados.
Para ele, os números reafirmam a importância de manter as medidas de prevenção, como usar máscaras, lavar as mãos com frequência e evitar aglomeração.
“As medidas individuais e coletivas que são tomadas agora tendem a levar ao achatamento da curva e também à redução da taxa de letalidade da doença”, projeta Fabiano. O mapa da Prefeitura de Belo Horizonte deve ser atualizado ainda esta semana, conforme indicado pelo subsecretário.
Para ele, os números reafirmam a importância de manter as medidas de prevenção, como usar máscaras, lavar as mãos com frequência e evitar aglomeração.
“As medidas individuais e coletivas que são tomadas agora tendem a levar ao achatamento da curva e também à redução da taxa de letalidade da doença”, projeta Fabiano. O mapa da Prefeitura de Belo Horizonte deve ser atualizado ainda esta semana, conforme indicado pelo subsecretário.
Nos bairros
Nos bairros com agravo da doença no mapa, o clima é de proteção. Cumprimentando os vizinhos sem tirar a máscara, o aposentado militar José de Oliveira Camilo, de 73 anos, acredita que a doença não esteja no bairro.
“Os que estão com isso (coronavírus) no bairro trabalhavam fora, não são daqui. Ou pegou fora daqui, ou no exterior, que são locais com acúmulo desse vírus. No Prado mesmo não tá tendo”, disse José, que mora no Prado há 52 anos. Ele disse não conhecer nenhum que tenha sido infectado. “E gostaria de não conhecer. Não gostaria de ver os amigos com esse vírus.”
“Os que estão com isso (coronavírus) no bairro trabalhavam fora, não são daqui. Ou pegou fora daqui, ou no exterior, que são locais com acúmulo desse vírus. No Prado mesmo não tá tendo”, disse José, que mora no Prado há 52 anos. Ele disse não conhecer nenhum que tenha sido infectado. “E gostaria de não conhecer. Não gostaria de ver os amigos com esse vírus.”
O boliviano Carlos Fernando Zambana, de 63, é morador do Bairro Calafate há 30 anos e se diz preocupado quando vê pessoas nas ruas sem máscara.
“Isso me preocupa porque eu quase não saio de casa, só saio quando acabam as minhas compras. E estou vendo gente que não está usando máscara”, conta o instrutor de autoescola, que preferiu ira à rua por volta das 12h acreditando não ter aglomeração. “Vim no horário de almoço pra ver se está mais vazio. O sacolão está tranquilo, mas quando fui ao supermercado vi muita gente.”
“Isso me preocupa porque eu quase não saio de casa, só saio quando acabam as minhas compras. E estou vendo gente que não está usando máscara”, conta o instrutor de autoescola, que preferiu ira à rua por volta das 12h acreditando não ter aglomeração. “Vim no horário de almoço pra ver se está mais vazio. O sacolão está tranquilo, mas quando fui ao supermercado vi muita gente.”
A cabeleireira Bete Araújo, de 47, também mora no Calafate e não se conforma com os colegas que não acreditam na evolução de casos da doença. “Tem aquele pessoal desavisado que não se cuida, não usa máscara. Pego ônibus de vez em quando. Vejo muita gente entrando sem máscara e o motorista não fala nada, deixa entrar”, relata a moradora. “Acho que é aí que passa para a gente. A gente se cuida mas eles não se cuidam, né? Dá muito medo”.
No Gutierrez, a fabricante de carnes recheadas Eizel Cibele, de 38, sai todos os dias de Ibirité, na Região Metropolitana de BH, para vender seus produtos no bairro há 25 anos.
“No início, tinha muito idoso na rua, todo mundo sem máscara. Mas agora está geral equipado. Essa semana deu uma caída, acho que o pessoal está ficando mais em casa”, disse. Com máscara, luvas e álcool para higienizar a máquina de cartão, a comerciante se diz surpreendida com as vendas. “Na primeira semana fiquei muito assustada porque o movimento deu uma caída, mas depois disso o movimento triplicou”, contou a empresária.
“No início, tinha muito idoso na rua, todo mundo sem máscara. Mas agora está geral equipado. Essa semana deu uma caída, acho que o pessoal está ficando mais em casa”, disse. Com máscara, luvas e álcool para higienizar a máquina de cartão, a comerciante se diz surpreendida com as vendas. “Na primeira semana fiquei muito assustada porque o movimento deu uma caída, mas depois disso o movimento triplicou”, contou a empresária.