A triste história de violência entre as torcidas organizadas Galoucura, do Atlético, e Máfia Azul, do Cruzeiro, teve mais um capítulo na noite de quinta-feira, quando atleticanos tentaram invadir a sede rival, no Barro Preto. Houve conflito, após o qual cinco alvinegros foram presos já no Bairro Padre Eustáquio.
Segundo testemunhas, cerca de 20 atleticanos chegaram ao imóvel na Rua Timbiras, em frente à sede administrativa do Cruzeiro, e iniciaram a confusão utilizando rojões, pedras e bastões de madeira. Os celestes no local seriam cinco, sendo que um deles teria ferido o braço, mas dispensou atendimento médico.
Acionada, a Polícia Miliar conseguiu identificar um veículo que estava sendo usado para a fuga. Depois de perseguição e cerco, o carro foi interceptado e os cinco ocupantes, com idades entre 21 e 38 anos, confessaram participação no ataque à sede da Máfia Azul.
Segundo a PM, o ataque foi um revide, pois membros da Galoucura já teriam sido atacados pelos rivais anteriormente.
Depois de período de relativa paz, os conflitos entre as organizadas voltaram a ser mais frequentes a partir de 2017, quando membros da Máfia Azul roubaram e queimaram um “bandeirão” dos rivais que havia sido encomendado para a final do Campeonato Mineiro daquele ano. Em 2018, 15 integrantes das duas organizadas foram detidos após briga generalizada justamente no local do confronto desta quinta-feira.
Já em fevereiro deste ano, cinco integrantes das Máfia Azul foram presos na região do Barreiro com barras de ferro, pedaços de pau, explosivos, coquetéis molotov, foguetes, e duas armas de fogo, além de porções de maconha e cocaína. De acordo com a PM, eles pretendiam usar o material em confronto com membros da Galoucura.