Jornal Estado de Minas

Coronavírus

Em época de pandemia, pesquisa revela perfil dos idosos brasileiros

Parcela da população mais vulnerável a pandemia do coronavírus, 72% dos óbitos, são de pessoas acima de 60 anos, de acordo como Ministério da Saúde. Os idosos representam 16,2% de toda a população brasileira, 210,1 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Para conhecer o perfil desse segmento o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos – Dieese, divulgou nesta semana boletim indicando quantos são, como e com quem vivem, com o propósito de auxiliar o poder público nas tomadas de decisão em políticas direcionadas a essa parte da população.



Nos três últimos anos de 2019, a população considerada idosa (pessoas acima de 60 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde-OMS) era de 34 milhões de cidadãos, que  viviam em 25,1 milhões dos 73,0 milhões de domicílios existentes no Brasil. Os números demonstram que em 34,5% dos lares brasileiros, havia pelo menos uma pessoa com 60 anos ou mais.

Dessa população com idade a partir de 60 anos, 83,2% moravam com outras pessoas e 16,8% viviam sozinhas. O  levantamento também indica que 21,9% moravam em domicílios onde alguém frequentava escola, apontando a importância da suspensão, por estados e municípios, das atividades escolares. Medida que além de proteger jovens e crianças do vírus, protege os familiares que vivem nas mesmas casas.

Boa parte dos idosos (22,9%) continuava a trabalhar no final do ano passado, sendo que 7,9% tinham ocupação em áreas públicas ou veículos automotores. E parcela desse segmento colabora com o sustento dos lares onde vivem com outras pessoas. Em quase um quarto (24,9%)  dos domicílios no Brasil há idosos que contribuem com mais de 50% da renda domiciliar, através de pensões ou outros rendimentos.