"Intervenção militar com Bolsonaro no poder". Dezenas de manifestantes em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) gritavam palavras de ordem em carreata na tarde deste domingo. A concentração ocorreu na Praça Tiradentes, no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles seguiram de carro até a 4a Divisão do Exército, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste. O movimento reivindica o isolamento social vertical ao invés do horizontal, adotado atualmente em todas as regiões do Brasil, e pede pela intervenção militar.
O movimento foi confrontado por algumas pessoas, seja dos prédios e casas - com batidas de panelas - e até pedestres. Alguns carros foram atingidos por ovos ao passar pelas ruas do centro da capital. No trajeto feito pela carreata, os manifestantes passaram em frente à sede da prefeitura, quando o “buzinaço” foi intensificado, seguido de gritos contra o prefeito
"Kalil, o povo de BH quer e precisa trabalhar. BH não pode parar", eram os dizeres de uma das faixas portadas pelos manifestantes. Já as críticas a Kalil referem-se à forma como o prefeito encara a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Dentro dos carros, as pessoas pediam a reabertura do comércio, fechado na capital mineira devido à pandemia do novo coronavírus.
Nem todos os participantes da manifestação utilizavam máscaras de proteção, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nem todos os participantes da manifestação utilizavam máscaras de proteção, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A relações públicas Adriana Borges marcou presença no protesto "A pauta de hoje é: Supremo Tribunal Federal (STF) golpista e Bolsonaro no poder com exército militar. Hoje, estamos vivendo uma 'anomia'. Os três poderes que eram para ser independentes estão conspirando contra o executivo - não deixando o nosso presidente trabalhar", disse.
Também houve protestos contra Alexandre de Moraes, jurista, magistrado e ex-político brasileiro, atual ministro do STF. Eles protestavam contra a decisão que impediu a nomeação de Alexandre Ramagem ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
"A democracia é algo que impede a violência. Quando a democracia é destruída, como o Alexandre de Moraes está fazendo, abra-se precedentes para que se tente resolver as coisas de forma violenta. O que Alexandre de Moares está fazendo é incitando a violência. Assim, nós podemos voltar a ter carros-bombas no Brasil e atentandos terroristas. Isso é culpa do STF, que está destruindo a nossa constituição", disse Silas Valadrão, um dos fundadores do grupo Patriota.