O pico da COVID-19 em Minas Gerais pode ocorrer em 6 de junho. A informação foi repassada pelo secretário de estado da Saúde (SES), Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva. "O ideal é que não tivéssemos pico, que tivéssemos alguns casos e que se mantivessem ao longo do tempo", afirmou. Ele explicou que o comportamento do vírus é diferente nos municípios de forma que o pico pode chegar em momentos distintos a essas cidades. A estimativa de pico havia sido feita para 3 de junho anteriormente.
"Em relação aos picos, gostaríamos é que tívessemos, em Minas Gerais, picos ou acréscimos diferentes em momentos diferentes, em cada região. Seria importante, facilitaria os cuidados e a estruturação da saúde. Se todo o estado tivesse um pico, ao mesmo tempo, seria mais complexo", afirmou o secretário.
O secretário apresentou o número de óbitos para indicar que o governo tem feito um trabalho eficaz no Estado. Lembrou que o boletim epidemiológico desta segunda (4) registra 90 obitos e que outros 86 estão em investigação.
O secretário afirmou que mesmo com a soma dos dois números (mortes confirmadas e mortes em investigação), Minas teria menos de 200 mortes, o que faz com que a curva epidemiológica no Estado se assemelhe à Coréia do Sul, que conseguiu ter controle eficiente da COVID-19.
O secretário informou que, na semana passada, houve uma diminuição do isolamento social. " Isso tem se mostrado ser tendência do estado, a dimunuição do isolamento. Isso chama atenção. Se a dimunição for importante, será equivalente a uma quebra do isolamento. Isso não é o que queremos",disse.
INTERIORIZAÇÃO DA COVID-19
O secretário informou que era esperado que houvesse a interiorização da doença em Minas. Segundo ele, foram criados comitês regionais para dar o tratamento adequado à doença em cada região do Estado. O secretário também falou da situação dos municípios mineiros que ficam na divisa com Estados em que os números de casos e confirmados e mortes são bem maiores do que em Minas, como por exemplo os municípos que fazem fronteira com o Rio de Janeiro.
"Não há como pensarmos em fechar todas as fronteiras do Estado. Isso não seria razoável neste momento", afirmou Carlos Eduardo. Segundo ele, em abril de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado, foi registrado um número menor de pessoas que vêm a Minas para consultas médicas.