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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Atendimento antecipado nas agências da Caixa não evita as longas filas em Montes Claros

Pessoas usaram máscaras, cumprindo exigência prevista em decreto municipal, mas ficaram próximas umas das outras


postado em 04/05/2020 13:46 / atualizado em 04/05/2020 15:13

Filas quilométricas par o recebimento do auxilio emergencial na Caixa Econômica de Montes Claros(foto: Luiz Ribeiro/ EM/ D.A Press)
Filas quilométricas par o recebimento do auxilio emergencial na Caixa Econômica de Montes Claros (foto: Luiz Ribeiro/ EM/ D.A Press)
A Caixa Econômica Federal ampliou para toda a rede a abertura das agências duas horas mais cedo. A partir desta segunda-feira (4), as unidades de atendimento passaram a funcionar das 8h às 14h. A meta é facilitar o atendimento dos beneficiários com o auxílio emergencial de R$ 600 do Governo diante da crise da pandemia do coronavírus (COVID-19) e evitar as aglomerações nas portas da agência, visando diminuir os riscos de propagação da doença.
Em Montes Claros, no Norte de Minas, no entanto, a medida não cumpriu o objetivo desejado nesta manhã. Como na quinta-feira passada, foi formada uma fila quilométrica para o saque do benefício na agência da CEF, no Centro da cidade. As pessoas usaram máscaras, cumprindo exigência prevista em decreto municipal, mas ficaram próximas umas das outras, sem obedecer a distância mínima (de 1,5 metro) recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para se evitar a transmissão do vírus. 
 
A Policia Militar auxiliou na organização da fila, que se estendeu ao longo de quatro quarteirões, porém sem conseguir que as pessoas ficassem afastadas entre si. Próximo à entrada da agência central da Caixa, na Rua Doutor Santos – uma das  mais movimentadas no Centro comercial da cidade, a Empresa Municipal de Trânsito de Montes Claros (MCtrans) precisou colocar cones no local para evitar atropelamentos.
 
As aglomerações ocorreram também nas portas de outros bancos, na área central de Montes Claros. Houve quem se aproveitasse da concentração para faturar. Foi o caso do ambulante Pedro Damião, que, além da água mineral (R$ 2 a garrafa de 500ml), passou a comercializar outro produto que pouco conhecia: álcool em gel – vendido por ele a R$ 1,50 o frasco de 70 ml. 
 
Mesmo confessando estar satisfeito com o faturamento, Damião reclamou do risco de transmissão do vírus. “As pessoas ficam muito perto umas das outras. Isso é muito perigoso”, disse o ambulante, que usava máscara. Ele comemorou dizendo que havia vendido “três fardos” (36 garrafas) de água mineral.
 
A fila para o auxilio emergencial na agência Centro da Caixa Econômica Federal em Montes Claros começou a ser formada no meio da madrugada desta segunda. “Cheguei aqui às 2h”, afirmou o mototaxista Joel Vicente Pereira, de 55. que só por volta das 10h conseguiu entrar no banco. O mesmo sacrifício foi enfrentado pela diarista Solange Souza Dias.
 
A também diarista Josiane Ribeiro da Silva informou que chegou ao local às 6h e às 10h ainda estava na fila. Josiane disse que estava ansiosa para receber os R$ 600 “salvador”. “Estou desempregada e esse dinheiro vai servir para fazer a feira e “pagar os “compromissos” (contas de água e luz)”, afirmou a diarista, que mora no Bairro São Geraldo II (afastado tres quilômetros da sede urbana de Montes Claros). Josiane disse ainda que na casa dela moram seis pessoas.


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