O isolamento social, medida contra a propagação do novo coronavírus, acabou distanciando amigos e familiares. Apesar disso, em uma tentativa de reaproximação longínqua, as redes sociais acabaram se transformando em entretenimento na quarentena. Entre milhares de “lives” que promovem shows, desafios e entrevistas, os bate-papos são mais visualizados e interativos. A ferramenta acabou se tornando palco para diversos usuários ainda conhecidos pelo grande público, falarem sobre temas de extrema importância.
Esse é o caso da pedagoga Roberta Oliveira, de 26 anos, formada pela UFMG e mestre em educação e intervenção social pelo Instituto Politécnico do Porto. A mineira, que agora vive em Portugal, está fazendo uma série de transmissões ao vivo, via Instagram, para falar sobre feminismo, empreendedorismo, crescimento social e ansiedade. “A ideia veio porque vi nas lives a oportunidade de transmitir um pouco do meu conhecimento. Com a quarentena, alguns temas abordados foram passando pela minha mente. Por isso acho importante falar com as pessoas sobre esses assuntos”, diz.
A pedagoga conta que a necessidade de compartilhar esse tipo de conteúdo veio da percepção de que “todos poderiam ter acesso a essas informações, que muitas vezes são compartilhadas apenas por pessoas de âmbito privilegiado”.
Roberta explica que, por conta da quarentena, começou a aprofundar os estudos em diversos temas. Com o tempo mais livre, ela viu no isolamento a esperança de consumir e transmitir assuntos que ela mesma não tinha tanto contato. “O feminismo, empreendedorismo, a saúde mental são temas que fizeram muito sentido para meu crescimento e desenvolvimento pessoal e que eu achei que era primordial que outras mulheres tivessem também acesso”, conta.
A escolha das convidadas foi feita com um olhar especial. A pedagoga escolheu mulheres que em Portugal já tinham alguma voz para falar sobre o assunto. As especialistas, todas mulheres, debatem com Roberta e levam conhecimentos científicos para as lives.
Portugal tem até esta segunda-feira (4), 1.063 mortes pelo novo coronavírus. São 25.524 pacientes confirmados e 1.712 recuperados. “Hoje começou o flexionamento do isolamento social. Foram dois meses fechados em casa. Podíamos sair em situações bem restritas, mas por exemplo, nos finais de semana, havia controle de fronteiras. Portugal tem uma população mais velha, por isso toda a preocupação”, explica. “Acredito que o país está sendo um exemplo para o resto do mundo. A grande diferença é que Portugal está levando a sério o vírus. Sabe-se aqui que a vida é primordial, que não há leito para todos. Por isso um lockdown tão extenso”, conta.
Para acompanhar as lives basta seguir o Instagram (@robs_withyou) e seguir a agenda marcada nos destaques da página.
*Estagiária está sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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