O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, defendeu a teoria de que é possível apressar a retomada das atividades comerciais na capital mineira. Nessa segunda-feira (4), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou os planos de flexibilizar o isolamento social e abrir gradualmente o comércio a partir de 25 de maio. Embora o chefe do Executivo municipal tenha ressaltado que a adaptação das regras depende do achatamento da ‘curva’ de casos do novo coronavírus, Silva acredita que campanhas de conscientização popular podem alterar o prognóstico.
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Hemominas faz campanha para repor banco de sangue em quedaVeja 11 dicas para não cair em fraudes digitais na quarentenaBancas de jornais podem funcionar durante isolamentoDetran desmente boato de que aplicará multa para quem estiver sem máscara em carro ou motoNessa terça-feira (5), em nova entrevista coletiva, Kalil afirmou que há menos de 49% de ocupação dos leitos destinados aos pacientes diagnosticados com a infecção. Com base nisso, o prefeito chegou a dizer que, se o panorama for o mesmo no fim do mês, será possível reabrir parte das lojas.
Entidades lojistas participaram de uma reunião com o grupo de trabalho instituído pela Prefeitura de Belo Horizonte para discutir as bases do retorno gradual às atividades comerciais. Ao explicar, na segunda-feira, que a data foi estabelecida em reunião que contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, além de outros infectologistas, Kalil ressaltou que, caso o cenário não seja favorável à reabertura, as medidas restritivas serão integralmente mantidas.
"Há essa perspectiva de flexibilização. Não é uma promessa. Depende da população, da curva (de infectados), da ocupação de leitos. Isso é muito complexo, mas é o que o grupo de infectologistas me autorizou a falar. Estou aqui falando em nome de um grupo de médicos infectologistas”, pontuou.
Em Belo Horizonte, o comércio considerado não essencial está proibido de abrir as portas desde 9 de abril. Um decreto, datado do dia anterior, autoriza o funcionamento de hospitais, supermercados, hipermercados, padarias, farmácias, sacolões, mercearias, hortifrútis, armazéns, açougues e postos de combustível.