As cidades de Manhuaçu e Muriaé, na Zona da Mata mineira, vão dividir R$ 404 mil obtidos via acordo do Ministério Público Federal (MPF) com a mineradora Anglo American. O dinheiro deverá ser destinado ao combate ao novo coronavírus.
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Já Muriaé usará o dinheiro para comprar instalações de régua de gases medicinais. Os equipamentos serão instalados na Unidade de Pronto-Atendimento da cidade. A prefeitura local também quer adquirir monitores cardíacos com a verba.
O dinheiro é resultado de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado em 2013 entre o MPF e a Anglo American.
O documento garantiu o pagamento de R$ 1,2 milhão pela empresa ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Tudo por contrapartida aos danos causados pelo mineroduto Minas-Rio em um sítio arqueológico situado em Carangola, também na Zona da Mata.
Quando o acordo foi celebrado, a promotoria e a companhia de mineração decidiram usar todo o dinheiro na construção de um centro especializado em arqueologia.
O Iphan, contudo, optou usar a verba na instalação de um laboratório de restauração na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), diante da demanda pelo serviço no estado.
Durante as obras, contudo, o Iphan e a UFMG não gastaram todo o recurso, sobrando os cerca de R$ 400 mil encaminhados a Muriaé e Manhuaçu.
De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, Muriaé tem 24 casos confirmados de COVID-19. Já Manhuaçu computa quatro diagnósticos de infecção pelo novo coronavírus. Nenhum dos municípios registra mortes.