O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta comentou neste sábado (9), em entrevista à Globo News, a situação de Belo Horizonte em meio à pandemia do novo coronavírus e atribuiu os "números mais baixos" em relação a outras grandes cidades às ações intensas do prefeito Alexandre Kalil (PSD).
"Em Belo Horizonte, o prefeito levou isso de uma maneira muito intensa, de uma maneira muito dura com sua sociedade, e Belo Horizonte está com números mais baixos", disse Mandetta.
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Belo Horizonte é a cidade do estado com o maior número de vítimas: são 934 pessoas diagnosticadas e 26 óbitos, conforme Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), deste sábado. Em Minas, o número de mortos pelo novo coronavírus subiu de 111 para 118.
Na última terça-feira, o prefeito Alexandre Kalil disse que pode adiar a flexibilização do isolamento social em Belo Horizonte para o fim de junho se “o pessoal não ficar em casa e esse quadro (de propagação do coronavírus) aumentar”. A previsão atual da administração municipal é iniciar a reabertura gradual do comércio em 25 de maio.
“A flexibilização depende da população de Belo Horizonte. Isso foi dito pelos cientistas médicos, junto com o planejamento. Se o pessoal não ficar em casa e esse quadro aumentar, isso pode ir para o final de junho, já que alguns institutos dizem que o pico da pandemia - e quanto mais a gente empurrar ele para frente, melhor para nós -, é 6 de junho”, alertou o prefeito na terça-feira (5).