Enquanto a situação de algumas pessoas que foram entrevistadas no ano passado pela reportagem do EM continua a mesma na luta pela recolocação no mercado de trabalho, há também aqueles que conseguiram empregos e hoje estão em condições melhores. É o caso de Eduardo Montenegro, pós-graduado em segurança de sistemas, e que na época, começou a trabalhar de motorista de aplicativo depois de ser dispensado da empresa onde trabalhava há anos.
''Comecei a pesquisar sobre o mercado de investimento e corretagem e comecei a trabalhar em uma imobiliária. Não sou contratado, sou corretor associado, vendo imóvel e ganho comissionamento''
Eduardo Montenegro
Hoje, 376 dias depois, Eduardo está em uma situação muito mais confortável. Isso porque, em novembro do ano passado, resolveu largar a profissão de origem e a de motorista para investir na área de venda de imóveis, trabalhando para uma imobiliária na Região da Savassi. “Tive que me reinventar. Eu tinha chegado a uma situação no Uber que não dava mais, sabia que não conseguiria sobreviver naquelas condições. Em novembro do ano passado, conversei com minha esposa e decidi parar tudo. Comecei a pesquisar sobre o mercado de investimento e corretagem e comecei a trabalhar em uma imobiliária. Não sou contratado, sou corretor associado, vendo imóvel e ganho comissionamento”, explica.
Durante a pandemia, ele viu a demanda diminuir, mas contou com o que chama de sorte: uma semana antes do decreto da PBH que determinava o fechamento do comércio não essencial, ele vendeu dois apartamentos e conseguiu arrecadar uma quantia que o deixou mais relaxado durante o período de isolamento. Mesmo assim, aproveitou a pandemia para fazer cursos e se aprimorar na área.
“Quando eu resolvi ir a esse mercado, as perspectivas eram boas e as construtoras estavam com muitos produtos para vender. Mas quando veio a pandemia, o mercado parou total. O que a gente tem feito é usar tecnologias e ferramentas. Estamos fazendo um tour virtual para que o cliente possa passear dentro do prédio e do empreendimento. Além disso, quando o cliente está interessado no imóvel, eu vou sozinho e, chegando lá, faço uma videochamada com ele, mostrando os detalhes”, conta. Agora, o corretor tem mais tempo para conviver com o filho de apenas 3 anos. O nascimento dele coincidiu com a demissão de Eduardo da empresa onde trabalhava inicialmente.
“EMPREGADA, GRAÇAS A DEUS” Laíza Amélia, de 28 anos, estava desesperada no ano passado. Na época, tinha acabado de formar em contabilidade, mas não conseguia emprego. Com a situação difícil para criar a filha de até então 7 anos, ela já cogitava virar guarda municipal, profissão que não tinha muito a ver com seu perfil.
Tudo mudou em outubro do ano passado, quando recebeu um e-mail da Prefeitura de Santa Luzia, convocando-a para uma entrevista de emprego na área educacional. “Eu tinha feito um processo seletivo em 2017 e nem estava lembrando. Foi aí que recebi um e-mail da prefeitura me convocando e me tornei secretária escolar. Ainda procuro serviço na minha área, mas não com aquela intensidade de antes. A escola fechou por causa do coronavírus, mas, graças a Deus, continuo empregada e recebendo salário”, comemora.
Por fim, a jornalista Ana Carolina Dias, de 24 anos, também foi uma das entrevistadas que conseguiu emprego. Desempregada há seis meses no início do ano passado, ela já cogitava outras áreas. Mas um mês depois, ela foi contratada por uma construtora e foi para o setor de marketing da empresa.
“Minha vida está bem melhor. É na área de marketing institucional, então, querendo ou não, é minha área. Nesse período de quarentena, estamos fazendo home office e a nossa empresa adotou um programa de não demissão”, celebra.
CONFIRA AS HISTÓRIAS DE PESSOAS QUE LUTAM CONTRA O DESEMPREGO EM MEIO À PAMDEMIA
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* Estagiário sob supervisão de Enio Greco