Jornal Estado de Minas

CULTURA

Iphan define nova presidente depois de sete meses sem nomeação

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério do Turismo, tem nova presidente. O ministro Marcelo Álvaro Antônio nomeou para o cargo Larissa Rodrigues Peixoto, formada em turismo e hotelaria no Centro Universitário do Triângulo (MG), em 2008, e funcionária (agente administrativo) do ministério. Larissa irá substituir a historiadora Kátia Bogéa, que deixou o cargo há sete meses - nesse período, a presidência da autarquia federal esteve nas mãos do arquiteto Robson Antônio Almeida, diretor de Projetos Especiais, incluindo o extinto Monumenta.





A indicação de Larissa Rodrigues Peixoto, que não é da área de patrimônio cultural, mas de turismo e hotelaria, começa a despertar polêmica nas redes sociais. Defensores da proteção dos bens culturais pela União alegam que o Iphan, instituição com mais de 80 anos, deve ter um gestor da área.

Críticas


A indicação de profissionais "inadequados a postos estratégicos" no Iphan, confire especialistas, tem gerado críticas e providências.

Diante do quadro, as parlamentares mineiras do PSol, Áurea Carolina, deputada federal, e Cida Falabella, vereadora em Belo Horizonte, oficializaram, há dias semanas, uma representação à chefe da Procuradoria da República de Minas Gerais, Isabela de Holanda Cavalcanti, pedindo "apuração de supostos atos ilegais cometidos, como o desvio de finalidade, relativo às nomeações para cargos estratégicos em Minas, na Paraíba e no Rio de Janeiro.





Diz o documento: "É preciso frisar que nomeações políticas que vêm negligenciando aspectos técnico-científicos para cargos estratégicos têm sido comum no que toca às ocupações dos cargos no Iphan". São citados Victor Fonseca Lucchesi, para o cargo comissionado de coordenador administrativo, e Marcelo Henrique Teixeira Dias, ambos para o Iphan em Minas; Zilfrank Antero de Araújo, para chefe de divisão técnica na superintendência do Iphan na Paraíba, e Monique Baptista Aguiar, como coordenadora no Rio de Janeiro. As parlamentares pedem que os atos sejam revogados.

Em Minas, que tem um dos patrimônios mais ricos do país, a superintendência do Iphan será ocupada pela arquiteta, urbanista e especialista no setor, Débora do Nascimento França.

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