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Estado de Minas SUBNOTIFICAÇÃO

'Não é momento de fazer teste em toda a população', diz secretário

Depois de reportagem do EM, que demonstrou que Minas é o quarto Estado em lista nacional que menos realiza testes para COVID-19, secretário admite a falta de insumos


postado em 11/05/2020 13:06 / atualizado em 11/05/2020 17:53

O secretário Carlos Eduardo Amaral, o intérprete de libras, e secretário-adjunto Marcelo Cabral(foto: Pedro Gontijo/Imprensa MG/Divulgação)
O secretário Carlos Eduardo Amaral, o intérprete de libras, e secretário-adjunto Marcelo Cabral (foto: Pedro Gontijo/Imprensa MG/Divulgação)

 

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que não é momento para ampliar a testagem para o COVID-19 no Estado. Durante entrevista coletiva, nesta segunda (11), em entrevista online, ele afirmou que Minas seguirá fazendo somente testes em pacientes graves, profissionais de saúde, asilados e pessoas restritas de liberdade. "Temos discutido internamente na secretaria qual é o momento adequado para começar testagem maior na sociedade. Não é este momento. Temos que aguardar um pouco mais", afirmou.

 

A reportagem Estado de Minas identificou que o volume de resultados “a confirmar” em Minas é dos maiores do Brasil, fato endossado por especialistas e que engrossa a subnotificação de registros de contaminação e morte pelo novo coronavírus. Minas ocupa a quarta posição nacional no ranking de Estados que menos realizam os testes.

 

O secretário, porém, admitiu que faltam insumos para ampliar o número de testes realizados no Estado. Essa falta de insumos, principalmente para o exame PCR, conforme o secretário lembrou, ocorre em todo o Brasil. Ele disse ainda que outros Estado, onde a pandemia tem feito número maior de contaminados e vítimas, têm sido priorizados pelo Ministério da Saúde no envio dos testes.

 

O secretário lembrou que o exame faz uma fotografia de momento e esclareceu que uma pessoa pode receber o resultado do teste dando negativo em um dia e se contaminar no outro. Ele disse não ser possível realizar o teste nos 100 mil casos suspeitos no Estado. No entanto,  ele alega que, mesmo se todos esses casos fossem testados, seria uma amostra pequena dentro da população total do Estado, o que representaria, segundo ele, 0,5% da população.

 

Segundo Carlos Amaral, o número de testes realizados demonstra que o resultado é positivo para 4,5% da população. Ele alegou que esse número de testes serve de amostra para o universo dos casos suspeitos e que o número de confirmação nesse universo ficaria em torno desse percentual. 

 

 


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