Com seis mortes confirmadas, nas últimas 24 horas, Minas perdeu 127 pessoas para a COVID-19. De acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado ontem, 3.435 pessoas testaram positivo para a doença. Foi confirmada a primeira morte de uma adolescente no estado pela COVID-19. A jovem de 14 anos vivia em Betim. As outras mortes confirmaadas foram em Juiz de Fora, Uberlândia, Santa Luzia e São José da Lapa e Muriaé. Em Belo Horizonte, manteve-se em 26 o número de mortos pela doença e aumentaram para 966 os casos confirmados.
Entre as mortes confirmadas, está a primeira morte registrada em Santa Luzia, de uma mulher de 89 anos. Em Uberlândia, a morte de um homem de 68 anos elevou o número de óbitos para 11. Em Juiz de Fora, passou para 14 óbitos com a confirmação da morte de uma mulher de 91 anos. Em Betim, foi confirmada a morte de uma adolescente de 14 anos, subindo para dois óbitos no município. Em Muriaé, um homem de 49 anos não resistiu à doença. A sexta morte foi de um homem de 81 anos em São José da Lapa.
Interiorização De acordo com o boletim, a COVID-19 chegou a um terço dos municípios mineiros. Já foram confirmados casos da doença em 248 municípios, sendo registradas mortes em 60 deles. Os municípios Campanha, Campestre, Congonhas, Guapé, Laranjal, Nova Ponte, Riachinho, Rio Pomba e Santa Cruz de Minas confirmaram os primeiros casos da doença.
O número de pessoas que recebaram o diagnóstico positivo é semelhante entre homens (1.655) e mulheres (1.653). No Estado, a doença tem acometido majoritariamente (78%) pessoas com idades entre 20 e 59 anos, 2.100. Em outra faixa etária e considerados parte do grupo de atenção, 594 idosos contraíram o novo coronavírus.
Entre as mortes confirmadas, o maior número é de homens (69), enquanto 58 mulheres faleceram. A maior parte dos óbitos (79%) ocorreu entre pessoas com mais de 60 anos. Até o momento, cem idosos morreram pela doença. A maior parte de quem não resistiu à COVID-19 apresentava alguma doença associada, como obesidade, diabetes e hipertensão.
Pico da doença O cenário projetado pelo governo de Minas para o pico da pandemia de coronavírus, previsto para 8 de junho, é de 1.647 leitos de terapia intensiva ocupados, 3 mil casos e 1,5 mil respiradores mobilizados. As informações foram divulgadas ontem pelo Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva remota. Segundo ele, a estimativa foi realizada na última quarta-feira. A próxima avaliação deve sair hoje. “A tendência é de que tenhamos um pouco mais de achatamento antes de entrar no platô", afirmou Amaral.
Números da SES-MG apontam que o estado tem 2,3 mil leitos de CTI disponíveis. A taxa de ocupação, de acordo com o secretário, está em 63%. No caso dos leitos clínicos, o índice é de 66%. A interiorização da pandemia, no entanto, preocupa o Comitê de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG. Um levantamento feito pelos pesquisadores do grupo, com base em dados oficiais da SES-MG, aponta que, em 4 de maio, 6 das 14 macrorregiões mineiras já estariam com 90% dos leitos de terapia intensiva ocupados.