A Região Centro-Sul de Belo Horizonte é a que mais concentra casos de coronavírus, segundo o último mapa divulgado pela prefeitura da capital. O levantamento mostra que os bairros mais afetados pela Covid-19 são Lourdes, Santo Agostinho, Centro, Savassi, Serra e Funcionários.
Logo ao chegar à Praça Marília de Dirceu, no Lourdes, nossa equipe se deparou com um casal que se exercitava sem usar máscara, mas eles se negaram a conversar com a reportagem. Perto dali, encontramos com Patrícia de Souza Barreto, de 43 anos, que afirmou que não é incomum ver pessoas andando pelo bairro sem máscara. Ela trabalha em uma construtora no bairro.
“Eu já sabia que a incidência (de coronavírus) aqui é alta. Na empresa, estamos trabalhando dia sim, dia não, com menos da metade da equipe. Eu trabalho sozinha em uma sala”, relata a secretária, que acredita estar mais exposta ao pegar o ônibus para ir trabalhar. “Notei que, a partir da semana passada, os ônibus estão mais cheios, com gente em pé. Pelo menos todos estão usando máscara e álcool em gel”, disse.
A biomédica Naiana Ribeiro, de 27 anos, trabalha no Lourdes e também notou pessoas circulando pelas ruas sem nenhum tipo de proteção. Para o taxista Custódio Campos, de 64 anos, foi uma surpresa saber que o bairro é um dos que mais comporta casos de coronavírus em Belo Horizonte. “Eu estava parado desde que os casos começaram a surgir na cidade. Comecei a rodar só ontem. O movimento está bem fraco, mas todos que entram no carro estão de máscara. Daqui do carro vejo que nas ruas a maioria está de máscara”, relatou.
José Jorge Farah Vilaça, de 57 anos, também não sabia da alta incidência da doença no bairro em que mora, mas garante que está se cuidando, está trabalhando em casa e tem evitado sair. Quando precisa sair de casa, o contador também nota pessoas sem máscara.
Vizinho dali, Giovanni Mazochi, de 43 anos, é morador do Bairro Cidade Jardim. “Saio de casa às 5h para correr e nessa hora não tem ninguém na rua. Fora isso, saio só para o básico.Tenho visto muita gente na rua, isso é preocupante. Você vê que muitas não precisam estar ali. Notei que nas duas últimas semanas está pior”, analisou o professor, que, de casa, dá aulas particulares de inglês online, além de gravar aulas para os alunos de uma escola particular da capital.
Nos deslocamos para o Bairro Santo Agostinho, onde a Praça da Assembleia permanece fechada desde o dia 10 de abril. A alguns metros dali, conversamos com Newton Albert de Barros Cabral, de 34 anos, dono de uma bancade revistas. “Muita gente sai de casa sem precisar. Mesmo com a praça fechada, essa rua (Rodrigues Caldas) é usada para caminhada por muitas pessoas. Para mim, o movimento caiu mesmo na primeira semana de isolamento social. Já na segunda semana as pessoas voltaram a sair de casa”, afirmou. Para se cuidar, Newton usa máscara, higieniza as mãos com álcool gel e passou a trabalhar duas horas a menos por dia. Ele disse que seus clientes procuram não se aglomerar ao redor da banca, guardando distância uns dos outros.
Moradora do Santo Agostinho, Adriana Guimarães, de 53 anos, também estava sabendo que o bairro concentra muitos casos de coronavírus. A funcionária pública estadual disse que não tem como não se preocupar com o cenário, mas garante que tem feito de tudo para cuidar de sua família, que está toda em home office. “Eu só saio para ir à padaria ou supermercado. Quando chego em casa, até o sapato eu limpo com água sanitária”, disse.
Marina Gontijo Teixeira, de 36 anos, também mora no bairro e disse que ficou revoltada quando soube que ali existe um grande número de infectados pela doença, já que está trabalhando em casa e cuidando dos dois filhos. “Fico preocupada porque é um bairro com muitos idosos, que, no começo, não entenderam que deveriam ficar em casa. Mas, agora, parece que estão mais conscientes. Como aqui é perto da Praça (da Assembleia), é comum ver muitas pessoas sem máscara caminhando na rua, afirmou a empreendedora.
Crézia de Souza Vesfal, de 32 anos, trabalha como caixa em uma padaria no Santo Agostinho. A funcionária conta que às vezes tem problemas com clientes que querem entrar sem máscara ou insistem em comer dentro da loja, o que não é permitido. “Eu tomo os cuidados básicos, mas não posso me preocupar demais porque preciso sair de casa para trabalhar, pegar ônibus. Aqui no caixa a gente tem contato com as pessoas, mexe com dinheiro”, descreve Crézia, que também relatou que os ônibus estão circulando muito cheios na capital.
Logo ao chegar à Praça Marília de Dirceu, no Lourdes, nossa equipe se deparou com um casal que se exercitava sem usar máscara, mas eles se negaram a conversar com a reportagem. Perto dali, encontramos com Patrícia de Souza Barreto, de 43 anos, que afirmou que não é incomum ver pessoas andando pelo bairro sem máscara. Ela trabalha em uma construtora no bairro.
“Eu já sabia que a incidência (de coronavírus) aqui é alta. Na empresa, estamos trabalhando dia sim, dia não, com menos da metade da equipe. Eu trabalho sozinha em uma sala”, relata a secretária, que acredita estar mais exposta ao pegar o ônibus para ir trabalhar. “Notei que, a partir da semana passada, os ônibus estão mais cheios, com gente em pé. Pelo menos todos estão usando máscara e álcool em gel”, disse.
A biomédica Naiana Ribeiro, de 27 anos, trabalha no Lourdes e também notou pessoas circulando pelas ruas sem nenhum tipo de proteção. Para o taxista Custódio Campos, de 64 anos, foi uma surpresa saber que o bairro é um dos que mais comporta casos de coronavírus em Belo Horizonte. “Eu estava parado desde que os casos começaram a surgir na cidade. Comecei a rodar só ontem. O movimento está bem fraco, mas todos que entram no carro estão de máscara. Daqui do carro vejo que nas ruas a maioria está de máscara”, relatou.
José Jorge Farah Vilaça, de 57 anos, também não sabia da alta incidência da doença no bairro em que mora, mas garante que está se cuidando, está trabalhando em casa e tem evitado sair. Quando precisa sair de casa, o contador também nota pessoas sem máscara.
Vizinho dali, Giovanni Mazochi, de 43 anos, é morador do Bairro Cidade Jardim. “Saio de casa às 5h para correr e nessa hora não tem ninguém na rua. Fora isso, saio só para o básico.Tenho visto muita gente na rua, isso é preocupante. Você vê que muitas não precisam estar ali. Notei que nas duas últimas semanas está pior”, analisou o professor, que, de casa, dá aulas particulares de inglês online, além de gravar aulas para os alunos de uma escola particular da capital.
Nos deslocamos para o Bairro Santo Agostinho, onde a Praça da Assembleia permanece fechada desde o dia 10 de abril. A alguns metros dali, conversamos com Newton Albert de Barros Cabral, de 34 anos, dono de uma bancade revistas. “Muita gente sai de casa sem precisar. Mesmo com a praça fechada, essa rua (Rodrigues Caldas) é usada para caminhada por muitas pessoas. Para mim, o movimento caiu mesmo na primeira semana de isolamento social. Já na segunda semana as pessoas voltaram a sair de casa”, afirmou. Para se cuidar, Newton usa máscara, higieniza as mãos com álcool gel e passou a trabalhar duas horas a menos por dia. Ele disse que seus clientes procuram não se aglomerar ao redor da banca, guardando distância uns dos outros.
Moradora do Santo Agostinho, Adriana Guimarães, de 53 anos, também estava sabendo que o bairro concentra muitos casos de coronavírus. A funcionária pública estadual disse que não tem como não se preocupar com o cenário, mas garante que tem feito de tudo para cuidar de sua família, que está toda em home office. “Eu só saio para ir à padaria ou supermercado. Quando chego em casa, até o sapato eu limpo com água sanitária”, disse.
Marina Gontijo Teixeira, de 36 anos, também mora no bairro e disse que ficou revoltada quando soube que ali existe um grande número de infectados pela doença, já que está trabalhando em casa e cuidando dos dois filhos. “Fico preocupada porque é um bairro com muitos idosos, que, no começo, não entenderam que deveriam ficar em casa. Mas, agora, parece que estão mais conscientes. Como aqui é perto da Praça (da Assembleia), é comum ver muitas pessoas sem máscara caminhando na rua, afirmou a empreendedora.
Crézia de Souza Vesfal, de 32 anos, trabalha como caixa em uma padaria no Santo Agostinho. A funcionária conta que às vezes tem problemas com clientes que querem entrar sem máscara ou insistem em comer dentro da loja, o que não é permitido. “Eu tomo os cuidados básicos, mas não posso me preocupar demais porque preciso sair de casa para trabalhar, pegar ônibus. Aqui no caixa a gente tem contato com as pessoas, mexe com dinheiro”, descreve Crézia, que também relatou que os ônibus estão circulando muito cheios na capital.