Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

Sete estabelecimentos de BH já foram interditados durante pandemia

Guarda Municipal chegou ao bar do bairro Buritis, em BH, por volta das 19h50, mas encontrou o estabelecimento fechado (foto: Túlio Santos/EM/D.A. Press)

A Prefeitura de Belo Horizonte já interditou sete estabelecimentos que se recusaram a fechar as portas durante a pandemia de novo coronavírus. Desde 18 de março, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) assinou dois decretos que suspendem os alvarás de estabelecimentos considerados não essenciais. 



Nesta quinta-feira, a fiscalização, com apoio da Guarda Municipal, interditou mais um estabelecimento. A loja Arroba Festas, localizada na Rua Tupinambás, na Região Central de BH, foi obrigada a fechar as portas e teve uma tarja de interdição posta em sua entrada.

Segundo a Subsecretaria de Fiscalização, ligada à Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, a ação foi necessária, uma vez que os agentes já tinham orientado o responsável pelo estabelecimento a fechar as portas enquanto o decreto estivesse valendo. No entanto, a orientação foi ignorada, e a loja continuou aberta.

Agora, o estabelecimento será julgado pela diretoria da Fiscalização e pode até ter o alvará cassado. Caso a medida seja tomada, a loja não poderá voltar a funcionar mesmo quando o decreto for revogado.   

Além disso, caso desrespeite a interdição, o responsável pelo estabelecimento estará sujeito a multa de R$ 17.614,57.


Outros estabelecimentos

Além do Arroba Festas, a prefeitura já interditou outros seis estabelecimentos, sendo dois na Região da Pampulha e os outros nas regiões Nordeste, Oeste, Central e Leste. Todos já haviam sido orientados a não abrir, mas ignoraram as normas dos fiscais.

Equipe de fiscalização da prefeitura, acompanhada de guarnição da Guarda Municipal, tenta flagrar bar em funcionamento no Buritis, mas se depara com portas fechadas, frustrando autuação do estabelecimento (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)


Na noite desta quinta-feira, a subsecretaria montou uma operação para interidtar um bar do Bairro Buritis, que estaria funcionando em meio à pandemia. No entanto, chegando ao local, os fiscais e os guardas municipais encontraram o estabelecimento fechado.



Confira quais são os outros estabelecimentos interditados:

*Região Central

11 de abril: Lojas Americanas, na Rua São Paulo

*Região Noroeste

1º de abril: Bar do Coqueiro, na Avenida Pedro II 

*Pampulha

10 de abril: Casa de Festas, no Bairro Jardim Atlântico

12 de abril: Bar dos Amigos no bairro Urca,  na Rua São Paulo

*Região Oeste

15 de abril: Salão de beleza, na Rua Lagoa da Prata, no Bairro Salgado Filho

*Região Leste

23 de abril: Barbearia na Rua Aristides Ferreira, no  Bairro Colégio Batista


Decreto e benefício fiscal

Conforme decreto assinado pelo prefeito Alexandre Kalil e publicado em 8 de abril no Diário Oficial do Município (DOM), estão com os alvarás suspensos, por tempo indeterminado: casas de shows e espetáculos de qualquer natureza; boates, danceterias, salões de dança; casas de festas e eventos; feiras, exposições, congressos e seminários; shoppings centers, centros de comércio e galerias de lojas; cinemas e teatros; clubes de serviço e de lazer; academia, centro de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico; clínicas de estética e salões de beleza; parques de diversão e parques temáticos; bares, restaurantes e lanchonetes; autorizações para eventos em propriedades e logradouros públicos; autorizações de feiras em propriedade; autorizações para atividades de circos e parques de diversões.



Como forma de atenuar os danos econômicos dos proprietários de estabelecimentos que tiveram seus alvarás suspensos, o prefeito assinou um decreto na terça-feira (12) concedendo benefícios fiscais.

De acordo com o texto publicado no DOM, contribuintes responsáveis por eventos em propriedades e logradouros públicos, feiras, atividades de circo e parques de diversão poderão requerer parcelamento extraordinário para a quitação de créditos tributários e não tributários devidos a Belo Horizonte.

Outros estabelecimentos comerciais que tiveram o alvará suspenso,  como bares, restaurantes, academias e clubes de lazer, já tinham direito a esse benefício.

*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina