Enquanto a polêmica quanto ao retorno das aulas nas escolas estaduais persiste, professores da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) também estão insatisfeitos com a gestão do governo Romeu Zema (Novo) na educação.
Na noite desta quinta-feira (14), um grupo de servidores se deslocou às imediações da casa do governador para pedir valorização da categoria.
Leia Mais
Escola de Design da Uemg fica sem aula por causa de sequência de furtosProfessores da Uemg denunciam problemas de estrutura e paralisam atividadesConcurso público da Uemg gera polêmica e professores recorrem à Justiça Zema diz não ter dinheiro para pagar servidores e determina prioridades para aplicação de recursosZema alerta para um 'maio pior que abril' e dispara: 'Se lei resolvesse problema de caixa, ficaria satisfeito'
“Nós estamos em teletrabalho e no enfretamento da pandemia, mas o governador nos trata desse jeito. O salário está parcelado e sem data para recebimento. Em todas as situações, o governador nos deixa de lado. Ele recebe empresário, mas não recebe professor (no gabinete)”, reclama a presidente da Aduemg, Simone Carvalho.
De acordo com a professora de psicologia, o governo trata a segurança pública e a saúde como serviços essenciais durante a pandemia, mas não dá o mesmo valor à educação.
“Estamos fazendo pesquisas e atividades de extensão em relação à pandemia da COVID-19. Também participamos de bancas de mestrado e doutorado à distância. Tudo isso sem receber nosso salário (em dia)”, explica,
Segundo Simone, o protesto teria potencial para reunir cerca de 100 servidores, mas por causa do novo coronavírus um grupo de apenas oito pessoas compareceu.
Uemg se posiciona
Procurada, a UEMG informou que "não recebeu dos órgãos de governo informações sobre os pagamentos aos professores, situação vivenciada também por diversas outras carreiras".
Com relação ao teletrabalho e projetos relacionados ao enfrentamento da COVID-19, a UEMG esclareceu que "segue incentivando e trabalhando para auxiliar nossa população nesse momento de grande dificuldade".
Também pontuou que "a comunidade acadêmica está envolvida em diversos projetos de pesquisa e extensão, como produção de máscaras, produção de álcool em gel, ações comunitárias, preparação de estruturas para realização de testes do coronavírus, entre outros".
Governo
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag) por volta das 20h30 e aguarda o posicionamento.
A nota será atualizada caso a Seplag se manifeste.