Segundo informe epidemiológico divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), que trata da ocorrência de vírus respiratórios, principalmente a gripe e seus subtipos, em Minas Gerais, entre dezembro e o começo deste mês, foram notificados 8.787 casos da chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os dados referem-se a casos com início de sintomas entre 29 de dezembro de 2019 e 9 de maio deste ano, e foram consolidados até esta quinta-feira (14). Dentre esse total, com amostras já processadas, 107 foram de SRAG proveniente de Influenza e, neste conjunto, 13 pessoas acabaram morrendo. Entre as 107 pessoas, 28 haviam sido vacinadas.
Quanto à Síndrome Gripal (SG), das 516 amostras enviadas para análise, 60 foram positivas para vírus respiratórios associados a tal síndrome. No informe, a Secretaria salienta ainda que muitas amostras sobre a gripe não têm sido liberadas oportunamente devido à grande demada para a aferição de amostras ligadas à pandemia do coronavírus. Foram registradas também 148 mortes por Covid-19, o que equivale a 13,63% do total de registros de SRAG que evoluíram para óbito. Há ainda 51 óbitos por SRAG em investigação.
A presença de comorbidades é considerada fator de risco no desfecho da SRAG por Influenza e outros vírus respiratórios. Observando o quadro de saúde de pacientes que morreram, há recorrência de fatores como a idade superior 60 anos, presença de doença cardiovascular crônica e pneumopatias crônicas.
A Síndrome Gripal (SG) é identificada quando o indivíduo apresenta febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e início dos sintomas nos últimos sete dias. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é constatada no caso do indivíduo hospitalizado com febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta, e que apresenta dispneia ou saturação de oxigênio menor que 95%, ou desconforto respiratório, quadro que também pode ocasionar a morte por SRAG independente de internação.