Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

Governo antecipa volta de servidores da educação; alguns, presencialmente

 A briga entre o governo estadual e os profissionais de educação de Minas ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira. Isso porque o Executivo bateu o martelo na mesa e antecipou o retorno da categoria aos trabalhos, que antes estava previsto para a próxima segunda-feira. O governo ainda incluiu profissionais da Educação Básica ao regime de teletrabalho.





Na última terça-feira, a secretária de Educação, Julia Sant’Anna, anunciou a volta às aulas, de forma remota, para a próxima segunda-feira. A divulgação gerou revolta do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que no dia seguinte criticou duramente o programa apresentado pela pasta estadual.

Três dias depois da divulgação e um dia depois da entrevista da secretária ao Estado de Minas, foi publicado no Diário Oficial de Minas Gerais uma deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19, alterando o regime de teletrabalho do Sistema Estadual de Educação.

O comitê é presidido pelo secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Com isso, a disputa entre a secretaria de Educação e a categoria dos educadores ganha um novo personagem. 

Apesar do texto ter sido publicado nesta sexta-feira, a norma antecipa para quinta-feira (14) o retorno ao trabalho presencial para auxiliares de serviço de educação básica. Antes mesmo da divulgação no Diário Oficial, o Sind-UTE já vinha denunciando a convocação de profissionais ao trabalho presencial nesta semana.





Por outro lado, o governo garante que essa volta não propiciará aglomerações e contaminações da COVID-19, já que foi feita um plano de escala para esses servidores.

A determinação ainda amplia o regime de teletrabalho para professor de Educação Básica, especialista em Educação Básica e analista de Educação Básica. Anteriormente, a norma valia apenas para  diretores e secretários de escolas; vice-diretor e coordenador; assistente técnico de Educação Básica;analista educacional – inspetor escolar; e assistente de Educação.

O Estado de Minas entrou em contato com o Sind-UTE e aguarda retorno.