O novo coronavírus matou já 161 pessoas em Minas, cinco a mais desde domingo (17). O total de infectados é de 4.695, 84 a mais em 24 horas. Destes, 957 estão internados, mais 159 em apenas um dia. Outros 1.971 cumprem isolamento domiciliar. Os recuperados da COVID-19 somam 2.254. Os dados são do informe epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais desta segunda-feira (18).
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Prefeitura de BH instala 10 barreiras sanitárias e inicia inspeçãoNove argumentos científicos contra a flexibilização do isolamento 'Focar na testagem é uma visão míope', diz secretário de SaúdeKalil envia à Câmara projeto de multa para quem não usar máscara em BHAinda segundo o boletim, há 2280 pacientes em acompanhamento, ou seja, casos cuja condição clínica permanece sendo monitorada ou aguardam atualização pelos municípios. A letalidade registrada é de 3,4%, a segunda menor do Brasil.
A pandemia já se alastrou para 327 dos 853 municípios mineiros, ou seja, 38% do estado. Belo Horizonte é o epicentro do surto, com 1158 contaminados e 31 mortes. Juiz de Fora, na Zona da Mata, ocupa o segundo lugar do ranking, com 396 casos confirmados e 16 óbitos.
Subnotificação
Pesquisadores da UFMG seguem apontando, desde o fim de abril, que os números de Minas não configuram uma amostra representativa da real expansão da pandemia no estado. Isso se deve sobretudo ao baixo índice de testagem da região. Segundo artigo publicado publicado pelo Comitê Permanente de Acompanhamento das Ações de Prevenção e Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG em 10 de maio, Minas realiza 478 testes por 1 milhão de habitantes desde o início da epidemia. Trata-se do estado com menor índice de testagem do país, embora seja o segundo mais populoso. Em países como a Itália, onde o confinamento começa a ser flexibilizado, o índice é de 23 mil testes/milhão de habitantes.
A testagem adequada é um dos seis critérios enumerados pela Organização Mundial de Saúde para a flexibilização do isolamento social. A despeito da literatura científica, o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que não considera que este seja o momento de iniciar os exames em larga escala, e aposta que os indicadores atualmente utilizados pelo estado - ocupação de leitos de UTI e incidência de quadros respiratórios agudos - são confiáveis e garantem a segurança da execução do programa Minas Consciente. A iniciativa fixa protocolos para a retomada gradual das atividades econômicas nos municípios mineiros. A decisão final é de cada prefeito.