O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), recebeu nesta segunda-feira um documento em que 947 professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) manifestam apoio à manutenção das medidas de distanciamento e isolamento social na capital para prevenir a disseminação do novo coronavírus.
“É possível que, diante das exigências do cotidiano e das incertezas do momento atual, muitas pessoas percebam o isolamento social como uma medida incômoda e sem sentido, no entanto, essa é a única forma, até o momento, capaz de evitar o colapso do sistema de saúde em nossa cidade e estado, impedindo a superlotação dos leitos hospitalares disponíveis”, diz o texto.
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O documento defende também as medidas sanitárias, como lavagem das mãos e uso de máscaras caseiras. Pede reforço na distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde, “sendo imprescindíveis para a contenção do avanço da pandemia de COVID-19 em nosso país”, diz o texto.
Em sua conta no Twitter, o prefeito de Belo Horizonte se mostrou orgulhoso com o apoio dos acadêmicos. "Receber um manifesto de apoio de 947 professores da UFMG e da UFSJ é emocionante. Pena que não caiba em um quadro. Muito obrigado. A CIÊNCIA É COMO A VERDADE: VOS LIBERTARÁ", escreveu Alexandre Kalil.
Em sua conta no Twitter, o prefeito de Belo Horizonte se mostrou orgulhoso com o apoio dos acadêmicos. "Receber um manifesto de apoio de 947 professores da UFMG e da UFSJ é emocionante. Pena que não caiba em um quadro. Muito obrigado. A CIÊNCIA É COMO A VERDADE: VOS LIBERTARÁ", escreveu Alexandre Kalil.
Contra a flexibilização
Os professores que aderiram ao manifesto se dizem “totalmente contra a flexibilização das medidas de distanciamento social e retomada das atividades econômicas neste momento, em função de estarmos em um estágio ascendente da curva de contágio e com um grande número de infectados e mortes”.
O texto ressalta ainda a subnotificação no país, citando estudos conduzidos por universidades brasileiras e estrangeiras. Segundo o documento, a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) estimou que, no Rio Grande do Sul, para cada caso notificado existem 12 não notificados.
O baixo número de testes realizado no Brasil também foi mencionado pelos professores. De acordo com a petição, entre os 10 países com maior número de mortes, o Brasil é o que menos testa, sendo duas vezes menos que o Irã e quase 18 a menos que a Itália, “o que nos confere a falsa sensação de segurança”.
O documento pede que o governo “acelere o acesso da população à renda básica para que possa proteger a sua vida ficando em casa, evitando a saída de suas residências”, diz o texto. “Assim, reforçamos que o retorno às atividades só deve acontecer no momento oportuno, indicado pelas autoridades de saúde, quando houver diminuição do risco sanitário. Ainda assim, esse retorno deve ser feito de maneira gradual e monitorada, de forma a ser suspenso se necessário, como vem sendo feito em outros países”, finaliza.