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Estado de Minas 'AVALIAÇÃO COMPLETA'

Kalil não veta cloroquina, mas diz não ter previsão da liberação em BH

Prefeito de Belo Horizonte afirma que remédio só será usado na capital se for autorizado pelas autoridades de saúde que compõem o Comitê Municipal de Enfrentamento do Coronavírus


18/05/2020 15:32 - atualizado 18/05/2020 16:36

Remédios para tratamento de lupos, artrite e artrose será liberado pelo ministério da saúde para uso no tratamento de COVID-19 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Remédios para tratamento de lupos, artrite e artrose será liberado pelo ministério da saúde para uso no tratamento de COVID-19 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O uso da hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes com casos mais leves de novo coronavírus foi um dos assuntos abordados pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), na entrevista desta segunda-feira. O chefe do Executivo municipal não se opôs ao uso do remédio, mas afirma que ele só será liberado na cidade depois de avaliação completa dos médicos que compõem o Comitê Municipal de Enfrentamento do Coronavírus na capital.

 

 

Kalil nega que o remédio tenha sido vetado na capital mineira: "O protocolo do uso de cloroquina em Belo Horizonte é feito pelo doutor Jackson Pinto, secretário de saúde, pelo doutor Carlos (Starling), doutor Unaí (Tupynambás) e doutor Estevão Urbano. Eles orientam a secretaria de Saúde do jeito que acharem melhor, e a responsabilidade é da ciência e dos conhecimentos. Eu não acho nada. Até posso precisar da cloroquina uma hora. Não vejo negação absoluta desse remédio. Nunca foi negado pela prefeitura. Mas somos os responsáveis".

 

Mesmo que a presidência da República assine o decreto que vai liberar o medicamento, o prefeito diz que BH vai seguir seu próprio protocolo de segurança: "O Supremo Tribunal Federal estabeleceu que quem decreta critérios sobre o uso de qualquer coisa é o município. Eles já disseram que as mortes são de responsabilidade dos municípios. Eu respeito e também acho. Quem defende o uso da cloroquina em Belo Horizonte é este grupo. Não tem decreto nenhum que fugirá do protocolo que já foi feito".

 

Usada para o tratamento de malária, lupos, artrite e artrose, a cloroquina foi polêmica que norteou a queda dos dois últimos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, durante o período de combate à COVID-19. Ambos se mostraram inseguros acerca da liberação da droga e tiveram atritos com Jair Bolsonaro, amplo defensor do medicamento.

 

Atual chefe interino da pasta, o general Eduardo Pazuello deve assinar nos próximos dias o decreto a pedido de Bolsonaro, o que tem provocado enorme discussão entre os profissionais de saúde. Com a decisão, médicos estão autorizados a prescrever o medicamento. No entanto, não há um protocolo de distribuição do remédio para que pacientes possam ter acesso à droga no sistema público.

A hidroxicloroquina pode causar efeitos colaterais graves, como parada cardíaca.

 

Em Minas, o governo disse que o remédio continuará sendo recomendado apenas para pacientes graves do coronavírus


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