O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), viajou até Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, nesta terça-feira, para entregar 10 dos 187 respiradores que foram consertados pelo Estado. Os equipamentos reforçarão as UTIs dos hospitais Bom Samaritano e Santa Rosália. Outros que não estavam sendo utilizados em unidades hospitalares de Minas serão distribuídos às regiões que estão em falta nesse período de pandemia do coronavírus.
No total, 428 respiradores foram recolhidos pela Polícia Militar e 187 passaram por manutenção nos últimos dias. A previsão do Estado é de 75 sejam realocados ainda nesta semana em outras cidades com carência de estrutura.
“Teófilo Otoni tem uma certa carência desses equipamentos. Estamos levantando todas as regiões do estado que estão desassistidas diante da pandemia. Esses respiradores estavam em uso, mas sem ser operados. São respiradores reparados e recondicionados, que foram devolvidos em todo o estado”, afirma Zema.
Com população de 140 mil habitantes, a cidade do Vale do Mucuri teve quatro mortes por coronavírus, sendo duas confirmadas nesta terça-feira (dois idosos, uma mulher de 72 anos e um homem de 77). O município teve 71 pessoas infectadas e quatro internadas em UTIs. De acordo com a prefeitura, 18 pacientes se recuperaram da doença.
Teófilo Otoni tem atualmente 10 leitos de UTI disponíveis para o coronavírus. A intenção da prefeitura é investir recursos para ter, no mínimo, mais 20 no caso de emergência.
O governador frisou novamente que vai concluir o hospital regional da cidade. A previsão é que as obras sejam retomadas este ano e que a inauguração seja no fim de 2021 ou início de 2022.
Situação de controle
Zema voltou a mencionar os números positivos de Minas no combate à COVID-19: “A pandemia em Minas está sob controle, mas não nos tira a responsabilidade de tomar todos os cuidados. Minas é considerado o segundo melhor no diz que respeito ao número de óbito por 100 mil habitantes. Estamos atrás apenas de Mato Grosso do Sul. Mas a guerra será longa. Ainda teremos muitas batalhas. O fato de estarmos indo bem se deve às medidas feitas com agilidade, principalmente o isolamento na segunda quinzena de março. A pandemia se assemelha a um incêndio na floresta. Quem domina o incêndio tem o controle. Mas quem não o domina vai ter problemas”
Apesar da situação de controle, o governador admite que alguns municípios poderão adotar medidas mais enérgicas de quarentena ou mesmo o isolamento total: Estamos mapeando para que nenhuma região entre em colapso. Nossa curva tem se comportado de forma horizontal, mas não descartamos medidas mais rigorosas. Pde ser que alguma cidade seja necessário o lockdown”.